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Frank Underwood, de "House of Cards", é mais popular que Obama, aponta pesquisa

Kevin Spacey, como Frank Underwood em "House of Cards", e Barack Obama - Arte UOL
Kevin Spacey, como Frank Underwood em "House of Cards", e Barack Obama Imagem: Arte UOL

Do UOL, em São Paulo

23/03/2015 21h03

Seja o abnegado Josiah Bartlet, do programa "The West Wing" ou o manipulador Frank Underwood, de "House of Cards", os americanos têm mais simpatia a seus presidentes televisivos do que à sua contraparte na vida real, Barack Obama.

Uma pesquisa Reuters-Ipsos realizada neste mês mostrou que 54% dos americanos têm uma opinião desfavorável de Obama --conhecido por sua postura presidencial cautelosa--, enquanto 46% apoiam o presidente.

Por outro lado, indagados a imaginar que o personagem David Palmer --do seriado "24 Horas"-- fosse o chefe de Estado na vida real, 89% das pessoas que assistiam ao programa da Fox sobre contraterrorismo disseram ter uma boa impressão do presidente interpretado por Dennis Haysbert.

Já Jed Bartlet --feito pelo ator Martin Sheen-- era adorado pelos eleitores democratas, incluindo vários que agora trabalham para Obama na Casa Branca. Ele alcançou 82% de aprovação pelos espectadores do canal "NBC".

Com os americanos divididos partidariamente, é impensável conceber que qualquer presidente na vida real possa alcançar índices tão favoráveis, explica Tevi Troy, um historiador dos presidentes americanos. "Basicamente metade do país estará contra você porque é assim que os democratas e republicanos agem", disse Troy.

Em "House of Cards", Frank Underwood, interpretado por Kevin Spacey, mata um congressista ao deixá-lo dentro de um carro ligado em uma garagem, e empurra uma jornalista nos trilhos do metrô.

Imaginando o personagem intrigante de Spacey como presidente, 57% dos entrevistados que assistem o thriller político do Netflix disseram que tinham uma opinião favorável sobre o personagem.

Até mesmo Obama gosta de Underwood. "Esse cara está fazendo o trabalho direito", brincou Obama durante um ensaio fotográfico na Casa Branca em dezembro de 2013 com Reed Hastings, presidente-executivo da Netflix.

"Eu gostaria que as coisas fossem assim, implacavelmente eficientes", disse Obama.