Topo

Líder do Estado Islâmico está incapacitado após ataque aéreo, diz jornal

Abu Bakr al-Baghdadi apareceu pela 1ª vez em público em junho do ano passado na Grande Mesquita da cidade de Mossul, no Iraque  - Furqan Media/EPA/EFE
Abu Bakr al-Baghdadi apareceu pela 1ª vez em público em junho do ano passado na Grande Mesquita da cidade de Mossul, no Iraque Imagem: Furqan Media/EPA/EFE

Do UOL, em São Paulo

01/05/2015 17h24

Abu Bakr Al Baghdadi, apontado como o líder do EI (Estado Islâmico), estaria incapacitado por um dano na coluna vertebral após ataque aéreo da coalização liderada pelos Estados Unidos e que combate o grupo extremista na fronteira entre Síria e Iraque, segundo informações do jornal britânico “Guardian”.

Al Baghdadi estaria sob cuidados de dois médicos que teriam viajado até o local de seu esconderijo em Mosul, no norte do Iraque. O ferimento na coluna teria sido causado há dois meses.

O autoproclamando “califa” ainda não retomou o comando do grupo extremista e, de acordo com três fontes próximas ao EI, é possível que ele nunca mais volte a liderar a organização.

O grupo estaria sob comando de Abu Alaa al-Afri, oficial do alto escalão dentro do EI.

O “Guardian” já havia noticiado que Al Baghdadi havia sido “seriamente ferido” em 18 de março em um ataque aéreo que matou três extremistas em Al Baaj (80 km a oeste de Mosul). O Pentágono negou ter conhecimento sobre a presença de  Al Baghdadi e da morte de três pessoas, mas confirmou ter feito o ataque na área.

Fontes em Mosul, entre elas uma técnica em radiologia e um médico cirurgião, disseram ter tratado o líder do EI.

Avanço rápido

A organização extremista proclamou no final de junho do ano passado um califado em território sírio e iraquiano, onde dominou áreas do norte e do centro. No mês seguinte tomou o controle da maior parte de Deir al Zur, exceto de alguns bairros da capital homônima da província e do aeroporto militar, em poder das forças do regime.

O EI é atualmente alvo dos bombardeios da coalizão internacional, liderada pelos Estados Unidos, em Deir al Zur e outras áreas da Síria, assim como no Iraque.

Nos últimos meses em Deir al Zur os combatentes do EI foram também alvo de ataques de grupos desconhecidos, que não se sabe se são seguidores do regime ou integrantes de facções rebeldes opostas aos extremistas.