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Defesa de piloto brasileiro preso no Peru vai entrar com pedido de liberdade

O brasileiro Asteclinio da Silva Ramos Neto se feriu em queda de avião e foi resgatado por operação militar no Peru - Divulgação/Comando Conjunto de las Fuerzas Armadas Peru
O brasileiro Asteclinio da Silva Ramos Neto se feriu em queda de avião e foi resgatado por operação militar no Peru Imagem: Divulgação/Comando Conjunto de las Fuerzas Armadas Peru

Da Agência Brasil

01/06/2015 13h55

A defesa do piloto paranaense Asteclínio da Silva Ramos Neto, preso desde meados de abril no Peru após ter a aeronave abatida pelo Exército peruano, deve entrar com pedido de liberdade do brasileiro ainda nesta semana.

O advogado Rodrigo Faucz, contratado pela família, está com a mãe do piloto, Vera Lúcia de Moura, em Lima, capital peruana, onde vão se reunir nesta segunda (1º) com diplomatas na Embaixada do Brasil. O piloto é natural de Curitiba (PR).

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, no dia 17 de abril, a embaixada brasileira em Lima foi informada pelas autoridades peruanas sobre a prisão do brasileiro por “estar pilotando aeronave que seria utilizada para transporte de quantidades consideráveis de drogas, destinadas ao mercado internacional”.

“Junto com o defensor público designado para acompanhar o caso, vamos tentar que Asteclínio responda em liberdade. Nossa intenção é que ele possa responder o processo no Brasil, e pediremos apoio do governo brasileiro”, disse Faucz à Agência Brasil.

De acordo com o Itamaraty, na tarde do dia 17 de abril, o brasileiro foi transferido para Lima e internado no hospital público Hipólito Unanue, por ter sido baleado no braço e no abdômen. No dia 21 de maio, o piloto recebeu alta e foi levado para presídio em Satipo, no Departamento de Junín.

“O Ministério das Relações Exteriores, por meio da Divisão de Assistência Consular e da Embaixada em Lima, segue prestando ao senhor Asteclínio da Silva Ramos Neto toda a assistência cabível”, informou, em nota, o Itamaraty.

O advogado Rodrigo Faucz disse que vai pedir ajuda à embaixada brasileira para que ele e a mãe do piloto consigam visitá-lo no presídio. “Também vamos tentar reuniões com o juiz que decretou a prisão preventiva, com o promotor do caso e com as autoridades penitenciárias”, afirmou Faucz.

De acordo com o advogado, a acusação relacionada ao tráfico de drogas é infundada. “Não foram encontradas drogas no avião abatido”, disse Faucz.