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Dilma diz que não há espaço para "aventuras antidemocráticas" na América do Sul

Dilma Rousseff recebe os presidentes dos países do Mercosul ao lado do ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, na 48º Cúpula do Mercosul - Pedro Ladeira/Folhapress
Dilma Rousseff recebe os presidentes dos países do Mercosul ao lado do ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, na 48º Cúpula do Mercosul Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

17/07/2015 14h00

A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira (17) que não há espaço para "aventuras antidemocráticas" na América do Sul, em meio às crescentes discussões sobre um eventual pedido de impeachment contra ela no Congresso Nacional.

De acordo com a presidente, a realização periódica de eleições nos países do bloco indica a "capacidade de lidar com diferenças políticas" democraticamente.

"Somos uma região que sofreu muito com as ditaduras. Hoje, somos uma região onde a democracia floresce e amadurece", disse.

"Temos de persistir nesse caminho, evitando atitudes que acirrem disputas e incitem a violência. Não há espaço para aberturas antidemocráticas na América do Sul, na nossa região", acrescentou. 

Em plenária de encontro de cúpula do Mercosul em Brasília, a presidente disse também que a crise econômica tem se mostrado persistente e que a recuperação da economia global é incerta, o que aumenta a importância econômica do bloco para os países membros. 

Durante a cúpula, o Brasil entregará a presidência rotatória do bloco ao presidente paraguaio, Horacio Cartes, que a exercerá até o fim deste ano.

Vieram a Brasília os presidentes da Argentina, Cristina Kirchner; do Paraguai, Horacio Cartes; do Uruguai, Tabaré Vázquez, e da Venezuela, Nicolás Maduro.

Também estão presentes os presidentes da Bolívia, Evo Morales, e da Guiana, David Granger, únicos líderes dos sete Estados associados ao Mercosul que viajaram para Brasília para esta reunião.

Após inaugurar a cúpula, Dilma passou a palavra ao presidente uruguaio, apesar de não corresponder à ordem oficial da reunião.

Dilma explicou que Vázquez retornará ao Uruguai antes da conclusão da cúpula por razões de agenda, por isso pediu para falar ao plenário da cúpula antes dos outros líderes.

Em suas primeiras palavras, Vázquez manifestou sua esperança de que o Mercosul possa finalmente chegar a um acordo comercial com a União Europeia, após quase 20 anos de negociações.

"Dizem que 20 anos não é nada, mas é bastante tempo para negociar um acordo de associação", disse Tabaré Vázquez citando um dos tangos mais populares. (Com agências internacionais)