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Atirador do cinema de Aurora (EUA) é condenado à prisão perpétua

AFP
Imagem: AFP

Do UOL, em São Paulo

07/08/2015 20h10Atualizada em 07/08/2015 21h43

O americano James Holmes, 27, --atirador do massacre em um cinema na cidade de Aurora, no Estado americano do Colorado (EUA)-- foi condenado à prisão perpétua, sem possibilidade de liberdade condicional, pelo ataque que matou 12 pessoas e feriu mais 70 em 20 de julho de 2012.

O julgamento durou 64 dias e a sentença foi divulgada 1.113 dias após o massacre. Os jurados, nove mulheres e três homens, podiam escolher entre pena de morte ou prisão perpétua. Para ser elegível à pena de morte, Holmes foi considerado culpado por quatro atenuantes: ter matado duas ou mais pessoas, criado risco grave aos outros, agido de maneira perversa e emboscado as vítimas. Mais de 250 testemunhas depuseram sobre o ataque.

O jovem é autor confesso do massacre e enfrentou 24 acusações de assassinato e 140 de tentativa de assassinato. Durante o julgamento, os jurados viram mais de 24 horas de vídeo e mais de 1.500 fotografias.

O juiz Carlos A. Samour, responsável pelo caso, agradeceu aos jurados lembrando que eles estavam nesta fase do julgamento, praticamente todos os dias, desde 26 de abril no tribunal. "Vocês fizeram um sacrifício por esse julgamento. E não poderíamos ter a democracia que temos sem vocês. Obrigado", disse. "Quero agradecer por seu serviço. Colocaram as vidas de vocês em pausa por este julgamento, que começou há 15 semanas".

Samour formalizará a sentença durante uma audiência que acontecerá entre os dias 24 e 26 de agosto.

Relembre

Holmes invadiu uma sala de cinema em Aurora, nos arredores de Denver, durante a estreia do filme Batman "O Cavaleiro das Trevas Ressurge" com uma máscara de gás, luvas negras e quatro armas. 

Imitando o Coringa, com uma espingarda, uma escopeta e dois revólveres, Holmes encheu o cinema de gás lacrimogêneo e disparou aleatoriamente durante sete minutos, até a polícia conseguir detê-lo.

O tiroteio reacendeu o debate sobre o controle e a venda de armas nos EUA e impulsionou mudanças legislativas no Estado do Colorado, que após o massacre aprovou uma das legislações mais restritivas de checagem de antecedentes dos compradores e de restrição no número de balas.