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Justiça dos EUA determina que cassino pode controlar peso de garçonetes

"Borgata Babes" são parte integrante da marca e do marketing do cassino de Atlantic City - Getty Images
'Borgata Babes' são parte integrante da marca e do marketing do cassino de Atlantic City Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

18/09/2015 20h17

Um cassino de Atlantic City, no Estado americano de Nova Jersey, pode regular o peso de suas garçonetes, mas um tribunal deve decidir se os gestores cometeram um erro na forma como aplicaram essas normas, decidiu a corte de apelações nesta quinta-feira (17).

Parte de uma ação movida por 21 funcionários do cassino Borgata deve ser devolvida a um tribunal inferior para determinar se 11 mulheres foram submetidas a um ambiente de trabalho hostil por causa da aplicação das normas em relação à aparência.

O cassino declarou com satisfação que a política da empresa foi mantida, e também disse que foi discutido e aprovado por atendentes homens e mulheres quando estes foram contratados no Borgata.

"Há muito tempo dizemos que a política de aparência pessoal no Borgata é justa e razoável", disse Joe Corbo, vice-presidente do cassino e representante legal. "Estamos satisfeitos que as três cortes de apelação concordaram que nossa política não é discriminatória com as mulheres."

As "Borgata Babes" (algo como as "Ninfetas do Borgata) são parte integrante da marca e do marketing do cassino. As funcionárias usam espartilhos apertados, saltos altos e meias. O cassino ainda produz um calendário "Borgata Babes", que é um dos itens mais vendidos no local.

Um advogado dos funcionários disse que a decisão é decepcionante e frustrante. "Objetificação sexual foi institucionalizada e vai ficar", disse a advogada Deborah Mains. Ela falou que os funcionários foram submetidos a comentários dos supervisores perguntando se elas estavam grávidas ou apenas engordando.

A decisão derrubou parte de uma decisão de primeira instância de 2013 e encerrou a ação judicial dos funcionários antigos e atuais.