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Investigação da queda do MH17 conclui que avião foi derrubado por míssil

Do UOL, em São Paulo

13/10/2015 08h38

Relatório final do Conselho de Segurança da Holanda, que investiga a queda do avião da Malaysia Airlines com 298 pessoas a bordo no voo MH17, afirmou, nesta terça-feira (13), que a aeronave foi atingida por um míssil do tipo BUK (de fabricação russa) e explodiu no ar em seguida, em julho de 2014.

O voo saiu de Amsterdã (Holanda) e ia para Kuala Lumpur (Malásia), mas foi derrubado no momento em que sobrevoava a região leste da Ucrânia, de onde o míssil foi disparado, de acordo com Tjibbe Joustra, presidente do conselho holandês. A área estava sob controle de separatistas ucranianos pró-Rússia.

Todos as 298 ocupantes do voo morreram (196 eram de origem holandesa).

Joustra criticou as autoridades ucranianas por não terem fechado o espaço aéreo em um momento de alta tensão na guerra entre os separatistas e as forças militares do governo na região onde o avião caiu.

"Nenhuma das partes envolvidas reconheceu o risco de um conflito armado em solo", disse.

De acordo com o relatório apresentado por ele hoje, "quase todas as operadoras" tiveram voos passando sobre a Ucrânia, em um total de 160 sobre o leste do país após a queda do MH17.

A investigação descartou a possibilidade de uma bomba ter explodido dentro do avião e de um ataque provocado no ar por outra aeronave.

O míssil BUK foi disparado do solo, e fragmentos dele foram encontrados nos corpos dos tripulantes que estavam na cabine. Segundo Joustra, a ogiva atingiu a parte esquerda da cabine, onde foram identificados traços de pintura referentes à de um BUK. 

O Conselho de Segurança da Holanda mostrou parte da aeronave reconstruída com os destroços recuperados no local da queda.

As investigações foram iniciadas logo após a queda do MH17, há 15 meses, mas a Holanda só começou a receber os destroços em dezembro de 2014. Alguns deles só puderam ser localizados há duas semanas.

Uma primeira análise das peças sugeria que o avião tinha sido derrubado por um míssil, o que foi possível confirmar na reconstrução da aeronave.

O míssil foi disparado de uma região de 320 km², e os destroços ficaram espalhados em uma área de 50 km².