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Obama adia retirada de tropas americanas no Afeganistão

Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama - Susan Walsh/AP
Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama Imagem: Susan Walsh/AP

Do UOL, em São Paulo

15/10/2015 12h11

O presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou nesta quinta-feira (15) o adiamento de retirada das tropas americanas no Afeganistão, que estava prevista para 2016, para 2017. A retirada era uma das grandes bandeiras de política externa de seu governo.

"As forças afegãs ainda não estão tão fortes quanto o necessário", afirmou Obama, justificando a decisão.

"Essa é a coisa certa a se fazer. Como comandante-em-chefe, não permitirei que o Afeganistão seja usado como local seguro para terroristas atacarem nossa nação novamente."

De acordo com o novo plano, a força atual de 9.800 efetivos ficará durante "grande parte de 2016", afirmou o presidente. A presença cairá para 5.500 entre o final do próximo ano e o início de 2017.

Até então, o plano era que os quase 10.000 soldados que se encontram no país fossem reduzidos para 1.000 efetivos até o fim de 2016. 

As forças americanas ficarão baseadas em quatro bases -- na capital, Cabul, em Bagram, em Jalalabad e em Candahar.

Com o novo projeto, Obama deve deixar de lado suas esperanças de trazer para casa quase todas as tropas no Afeganistão até o final de seu mandato, em janeiro de 2017, depois de anos de intensa luta nesse país.

Há duas semanas, o Taleban tomou a cidade de Kunduz, sua maior vitória militar desde a invasão de 2001 de uma coalizão liderada por Estados Unidos. Mas uma resposta rápida das forças de segurança afegãs treinadas pelos americanos levou à rendição da milícia extremista. (Com agências internacionais) 

Exército dos EUA no Afeganistão - Lucas Jackson/Reuters - Lucas Jackson/Reuters
Soldados norte-americanos treinam em campo na província de Laghman, no Afeganistão
Imagem: Lucas Jackson/Reuters