7 casos de crianças que sobreviveram a desastres aéreos

O caso da bebê de 14 meses Nyloak Tong, que sobreviveu à queda de um avião no Sudão do Sul nesta quarta-feira (4), é raro mas não é o único na história. 

Veja este e outros exemplos de crianças e adolescentes que foram sobreviventes -- em alguns casos, os únicos -- de um desastre aéreo.

Nyloak Tong, de 14 meses, estava no avião de carga russo que caiu próximo ao aeroporto de Juba, no Sudão do Sul, em 4 de novembro de 2015. Ela foi resgatada e recebeu tratamento médico em um hospital local. Não há informações sobre sua família. É possível que outras duas pessoas também tenham sobrevivido à queda, que deixou cerca de 40 mortos.

O menino holandês Ruben van Assouw, 9, foi o único sobrevivente da queda do Airbus-330 da empresa líbia Afriqiyah, em 12 de maio de 2010. A aeronave havia decolado de Johannesburgo (África do Sul) e faria uma escala antes de seguir para o aeroporto de Gatwick, em Londres.

Mais de 100 pessoas morreram no acidente, entre eles os pais e o irmão do menino. Após se recuperar, ele foi morar com tios em Eidhoven, na Holanda.

A menina Bahia Bakari, 13, sobreviveu à queda de um avião da companhia iemenita Yemenia que caiu no Índico, nas proximidades das ilhas Comores, graças ao fato de ter sido ejetada do avião, que deixou 153 mortos. Ela foi resgatada do oceano, onde ficou boiando por nove horas em meio a destroços e corpos. Sua mãe morreu no acidente, em 30 de junho de 2009.

Em 2010 ela lançou o livro de memórias "Moi Bahia, la miraculée" (Eu Bahia, a menina milagrosa, em tradução livre), contando seu resgate e sua história desde então. 

A alemã Juliane Koepcke, 17, estava a bordo do voo 508 da Lansa, em direção a Pulcallpa, no Peru. Em meio a uma tempestade, um trovão atingiu um dos tanques de combustível da aeronave e arrancaou uma das asas. A jovem "voou" de dentro do avião e foi parar no meio da selva peruana.

Muito ferida, Juliane perambulou pela selva por dez dias até ser descoberta. A mãe dela morreu, junto com as outras 91 pessoas a bordo.  Em 2000, ela participou do documentário do alemão Werner Herzog, "Wings of Hope" (Asas da esperança), em que contou sua história. 

O voo 255 da Northwest enfrentou problemas logo após a decolagem de Detroit, nos EUA, em 16 de agosto de 1987. A aeronave acertou um poste, pegou fogo e acabou caindo sobre veículos numa estrada e explodindo. Dois motoristas e 154 pessoas a bordo morreram. Cecelia Cichan, 4, foi a única sobrevivente. 

Em 2012, aos 29 anos, Cecelia disse que pensa no acidente o tempo todo. Seus pais e seu irmão morreram no desastre. 

O voo 203 da Galaxy Airlines caiu em Reno, no Estado americano de Nevada, logo após a decolagem, em 1º de janeiro de 1985. George Lamson, Jr., 17, foi ejetado do avião ainda atado ao seu assento pelo cinto de segurança. O pai dele e outras 70 pessoas morreram. 

Lamson descreveu a experiência como "emocionante e depois depressiva, porque você fica pensando 'sou abençoado por Deus por estar vivo', mas se dá conta de que todo mundo morreu e só você ficou". 

O voo 256 da companhia Intercontinental de Aviación Flight 256 explodiu no ar e caiu em um pântano perto de Maria La Baja no caminho para Cartagena, na Colômbia, em 11 de janeiro de 1985. Erika Delgado, 9, foi jogada para fora do avião, mas teve a queda amortecida por algumas plantas aquáticas.  

Moradores locais ouviram seus gritos, e ela foi resgatada. Os pais e o irmão da menina morreram.