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Ônibus da guarda presidencial explode na capital da Tunísia

Policiais da Tunísia inspecionam local onde ônibus explodiu em Túnis - Zoubeir Souissi/Reuters
Policiais da Tunísia inspecionam local onde ônibus explodiu em Túnis Imagem: Zoubeir Souissi/Reuters

Do UOL, em São Paulo

24/11/2015 15h18Atualizada em 24/11/2015 19h48

Ao menos 12 pessoas morreram e 16 ficaram feridas no centro de Túnis, capital da Tunísia, após um ônibus que transportava guardas presidenciais explodir, segundo um porta-voz do Ministério do Interior. O presidente tunisiano, Beji Caid Essebsi, decidiu declarar estado de emergência por 30 dias, além de um toque de recolher na Grande Túnis a partir das 21h locais de hoje até as 5h desta quarta-feira (25).

O caso aconteceu na avenida Mohammed 5 --uma das principais da capital do país e nos arredores da ex-sede do partido do ex-ditador Zine El Abidine Ben Ali, derrubado em 2011.

Fontes de segurança disseram que os guardas estavam embarcando no ônibus para serem levados ao palácio presidencial, na periferia da cidade, quando ocorreu a explosão. Uma fonte presidencial afirmou que é provável que um homem-bomba tenha detonado seu cinto de explosivos no interior do veículo.

"Eu estava na avenida Mohammed 5, apenas me preparando para entrar no meu carro, quando houve uma enorme explosão. Vi o ônibus explodindo. Havia corpos e sangue por toda parte", disse a testemunha Bassem Trifi.

No último mês de outubro, o Prêmio Nobel da Paz foi concedido ao Quarteto de Diálogo Nacional da Tunísia, órgão formado por organizações da sociedade civil e criado em 2013 para garantir a transição para a democracia.

Em um ambiente de crescente tensão, o grupo conseguiu reunir diferentes atores políticos e forças sociais, rechaçar as tentativas de desestabilização, manter a nação no trilho democrático e prepará-la para as eleições parlamentares e presidenciais do ano seguinte.

O Quarteto é formado pela União Geral Tunisiana do Trabalho, pela Confederação da Indústria, do Comércio e do Artesanato, pela Liga Tunisiana de Direitos Humanos e pela Ordem nacional dos Advogados da Tunísia.

No entanto, nos últimos meses, a incipiente democracia tunisiana voltou a ser ameaçada por pelo menos dois grandes atentados terroristas, primeiro no museu do Bardo, em Túnis, quando morreram mais de 20 pessoas, e depois em junho, em uma praia de Sousse, com 39 mortes, a maioria turistas britânicos. O Estado Islâmico reivindicou os dois ataques. (Com agências internacionais)