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Último rival de Trump, John Kasich deixa a disputa republicana

John Minchillo/AP
Imagem: John Minchillo/AP

Do UOL, em São Paulo

04/05/2016 18h33Atualizada em 04/05/2016 19h00

O governador de Ohio, o republicano John Kasich, anunciou oficialmente nesta quarta-feira (4) sua saída da corrida presidencial depois da arrasadora vitória de terça-feira do magnata Donald Trump nas primárias de Indiana, o que provocou a desistência imediata de seu maior rival, o senador Ted Cruz.

Kasich agradeceu a sua família, a sua equipe e aos voluntários que trabalharam em sua campanha pelo esforço nos últimos meses, mas reconheceu a inviabilidade de seu projeto neste ponto da batalha eleitoral."Ninguém fez mais com tão pouco na história da política", disse Kasich em referência a eles e à pouca arrecadação com a qual, mesmo assim, foi o último a desistir da corrida presidencial republicana.

Sua desistência havia sido antecipada pela imprensa americana depois de ele ter cancelado a participação em um evento. Sua saída deixa o caminho totalmente livre a Trump para ser o indicado republicano à Casa Branca, algo que o próprio presidente do Comitê Nacional do partido, Reince Priebus, reconheceu após os resultados de terça.

Antes do anúncio oficial de Kasich, o pré-candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que o governador de Ohio "fez bem" em retirar-se da corrida à Casa Branca, e ressaltou que "poderia ser um bom vice-presidente", segundo declarou à emissora "CNN".

"Estou interessado nele. Temos uma boa relação e poderia ser de muita ajuda", afirmou o magnata nova-iorquino após saber da retirada da corrida pela indicação republicana do governador de Ohio poucas horas após o anúncio da desistência de seu principal rival, o senador Ted Cruz.

Ao reagir à saída de Cruz, Trump afirmou que o rival é um "adversário duro" e com um "grande futuro". Ele disse, ainda, que será o grande vencedor das eleições presidenciais de novembro. "Vamos atrás de Hillary Clinton. Vamos vencer em novembro e vamos vencer para valer, e os EUA vão ficar em primeiro lugar", disse.

Com a vitória em Indiana, Trump ficou a menos de 200 delegados de obter a nomeação em termos matemáticos, apesar de ainda não terem votado estados populosos, como a Califórnia e Nova Jersey.

Mesmo contando até agora com o maior número de delegados nas primárias, Trump não é aceito por boa parte da cúpula republicana. O senador de Nebraska Ben Sasse disse que não deverá apoiar Trump e que a vitória em Indiana não muda a sua posição. (Com agências internacionais)