Topo

FBI investiga ciberataque contra o Partido Democrata após vazamento de e-mails

7.jun.2016 - Hillary Clinton durante intervalo comercial em debate do Partido Democrata entre ela e Bernie Sanders - Todd Heisler/The New York Times
7.jun.2016 - Hillary Clinton durante intervalo comercial em debate do Partido Democrata entre ela e Bernie Sanders Imagem: Todd Heisler/The New York Times

Do UOL, em São Paulo

25/07/2016 14h04

O FBI investiga um ciberataque contra o Partido Democrata, anunciou a polícia federal americana nesta segunda-feira (25) após a publicação pelo WikiLeaks de e-mails comprometedores para a campanha da candidata Hillary Clinton.

As trocas de e-mails vazados na sexta-feira pelo site WikiLeaks mostram que autoridades democratas exploraram maneiras de prejudicar a campanha presidencial de Sanders.

O FBI procura determinar "a natureza e amplitude" deste ciberataque, disse em um breve comunicado.

Os e-mails vazados incluem ao menos duas mensagens sugerindo esforços internos do partido para inviabilizar a pré-candidatura de Sanders, inclusive ao retratá-lo como ateu em Estados onde a religião se faz mais presente.

Os democratas se preparam para danos ainda maiores. A vice-presidente do partido, Donna Brazile, disse que milhares de e-mails internos do partido ainda virão à tona. "Sei que haverá muitas coisas pelas quais devemos ter que nos desculpar", afirmou.

Algumas autoridades e especialistas americanos afirmaram que o ciberataque, e a publicação dos e-mails, poderia ter sido ordenada por Moscou para favorecer Donald Trump, mais crítico da Otan que a sua rival democrata.

Mais cedo, manifestantes vaiaram a presidente do partido por causa de e-mails vazados que mostram membros do partido trabalharam para prejudicar Bernie Sanders em sua campanha nas primárias contra Hillary Clinton.

Horas antes do início da convenção de quatro dias para nomear Hillary à Casa Branca, a presidente do Comitê Nacional Democrata, Debbie Wasserman Schultz, lutou para ser ouvida em meio a vaias quando se dirigia à delegação democrata de seu Estado natal, Flórida.

Manifestantes seguravam sinais escritos "Bernie" e "e-mails" e gritavam "vergonha" enquanto ela falava. Outras pessoas no encontro aplaudiram Debbie, que está deixando o cargo pela controvérsia dos e-mails. Ela prometeu trabalhar duro para uma vitória de Hillary sobre o republicano Donald Trump na eleição de 8 de novembro. (Com as agências internacionais)

Delegados são quem elege presidente dos EUA; entenda o processo

AFP