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Estado Islâmico reivindica ataque a policiais na Bélgica

Polícia monta guarda em Charleroi, na Bélgica, após homem ter atacado duas policiais - Virginie Lefour/AFP
Polícia monta guarda em Charleroi, na Bélgica, após homem ter atacado duas policiais Imagem: Virginie Lefour/AFP

Do UOL, em São Paulo

07/08/2016 11h10Atualizada em 07/08/2016 15h08

O grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou neste domingo o ataque com machado contra duas policiais, que ficaram feridas em Charleroi, na Bélgica, segundo a Amaq, a agência de propaganda da organização extremista.

"O autor do ataque de Charleroi é um soldado do Estado Islâmico que realizou esta operação em resposta aos apelos para atacar a população de países da coalizão cruzada", afirma Amaq. O agressor foi morto pela polícia belga.

Este é o mesmo argumento usado pela "Amaq" nos últimos ataques cometidos pelo EI na Europa, como na cidade francesa de Nice e na Alemanha

O agressor era um cidadão argelino de 33 anos conhecido pela polícia por delitos comuns e não atos de terrorismo, informou a procuradoria federal belga.

"O agressor foi identificado, se trata de K.B., um homem de 33 anos, de nacionalidade argelina, que se encontrava na Bélgica desde 2012", segundo o comunicado oficial.

O ataque aconteceu no fim da tarde de ontem em frente à delegacia.

O agressor levava uma mochila, da qual tirou o facão e atacou duas mulheres membros das forças da ordem que controlavam o acesso à sede policial, deixando uma gravemente ferida e a outra levemente ferida.

Outra agente lhe imobilizou com disparos no tórax e na perna e o agressor morreu depois em um hospital.

Esse ato acontece no momento em que o nível de alerta terrorista na Bélgica, cuja capital foi vítima de ataques coordenados no aeroporto e em uma estação de metrô em 22 de março passado, está no nível 3 sobre 4.

O ataque de março, no qual 32 pessoas morreram, foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI).

Como foram os atentados em Bruxelas em março

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Desde os atentados de Paris em 13 de novembro de 2015, que foram preparados na Bélgica e contaram com a participação de extremistas belgas, a polícia fez dezenas de batidas antiterroristas.

Em 30 de julho, dois indivíduos foram detidos em Valônia, na região de Mons (oeste) e de Liège (leste), suspeitos de estarem ligados a planos de atentados, segundo o Ministério Público belga.

A Justiça belga disse que essas detenções não estavam relacionadas aos atentados de 22 de março.

Em 25 de junho, a polícia prendeu dois homens durante operações antiterroristas em Verviers (leste) e em Tournai, perto da fronteira com a França. Ambos foram acusados de "participação em atividades de um grupo terrorista".

Segundo a imprensa belga, um desses suspeitos queria se detonar na Bélgica durante uma transmissão pública de um partido da Eurocopa de futebol 2016.

De acordo com o ministro belga do Interior, 457 homens e mulheres belgas foram, ou tentaram ir, combater na Síria, ou no Iraque. Entre essas pessoas, 266 continuam em um desses dois países, e 90 estão desaparecidas -- provavelmente mortas, segundo o Órgão belga de Coordenação para Análises de Ameaças (Ocam). (Com as agências internacionais)

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