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Polícia prende suspeito por ataques a bomba em Nova York e Nova Jersey

Policiais levam na maca homem identificado como Ahmad Khan Rahami - Anthony Genaro/ Reuters
Policiais levam na maca homem identificado como Ahmad Khan Rahami Imagem: Anthony Genaro/ Reuters

Do UOL, em São Paulo

19/09/2016 09h34Atualizada em 19/09/2016 17h00

Os EUA anunciaram nesta manhã (19) a detenção de Ahmad Khan Rahami, suspeito de estar vinculado a ataques em Nova York e Nova Jersey, no último sábado. 

Rahami foi detido após tiroteio que deixou um policial ferido, em Linden, Nova Jersey. As imagens da CNN mostraram o suspeito com um ferimento no braço direito e movendo a cabeça para os dois lados, com os olhos abertos e o tórax parcialmente coberto por um lençol, sendo colocado em uma ambulância.

Cidadão naturalizado americano, Rahami teve sua foto divulgada no Twitter pela polícia de NY. 

Ele morava em Elizabeth, Nova Jersey, onde uma outra bolsa com cinco bombas foi encontrada nesta segunda-feira (19). Uma delas explodiu enquanto estava sendo desativada por um robô da polícia.

As autoridades ainda confirmaram que os ataques realizados nos dois locais podem ter ligações com extremistas estrangeiros.

Foto de Ahmad Khan Rahami divulgada pelo FBI - FBI via Reuters - FBI via Reuters
Foto de Ahmad Khan Rahami divulgada pelo FBI
Imagem: FBI via Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu nesta segunda-feira aos cidadãos de seu país que não sucumbam ao "medo" após os ataques deste fim de semana. Obama ofereceu uma breve declaração à imprensa em um hotel de Nova York, onde se encontra para participar da Assembleia Geral da ONU.

"Neste momento não vemos qualquer conexão entre este incidente (em Minnesota) e o que ocorreu aqui, em Nova York e em Nova Jersey. Nossa atenção agora está focada nas pessoas que ficaram feridas", disse Obama.

O FBI afirmou nesta segunda-feira que não há outros suspeitos de conexão com as bombas em Nova York e Nova Jersey. Segundo o órgão, não há motivos para considerar que exista uma célula terrorista ativa na região. "Não temos qualquer indicação de que haja uma célula operacional na área ou na cidade", declarou o subdiretor do escritório do FBI em Nova York, Bill Sweeney, em coletiva de imprensa.

Câmera de segurança flagra momento da explosão

UOL Notícias

Em entrevista após a prisão de Rahami, o prefeito de NY, Bill de Blasio, disse que tem "todas as razões para acreditar que este foi um ato de terrorismo". 

O prefeito Chris Bollwage, de Elizabeth, onde o suspeito residia, também esclareceu que o suposto autor dos ataques "não estava nos radares dos corpos policiais locais".

Os Estados Unidos foram cenário no sábado (17) de dois ataques com bomba em Nova York e Nova Jersey e um com arma branca em Minnesota, ativando a hipótese terrorista.

No total, 38 pessoas ficaram feridas, 29 delas em uma explosão na noite de sábado no centro de Manhattan; e as outras nove por arma branca em um centro comercial de Saint Cloud, em Minnesota.

Ambos os incidentes aconteceram praticamente ao mesmo tempo: a bomba explodiu no bairro nova-iorquino de Chelsea às 20h30 locais (21h30 horário de Brasília), e o ataque em Minnesota às 20h (22h horário de Brasília).

Horas antes, em Nova Jersey, explodiu uma bomba artesanal em Seaside Park, em uma corrida com centenas de participantes. Não houve vítimas graças a um atraso na partida, segundo um porta-voz do Ministério Público local.

A polícia confirmou mais tarde que no sábado à noite encontrou, a alguns passos do lugar da explosão de Manhattan, um segundo artefato que não estourou.

O ataque de Minnesota foi reivindicado pelo grupo radical Estado Islâmico (EI).

O autor do ataque com arma branca "era um soldado do Estado Islâmico, que respondeu aos pedidos para tomar como alvos os cidadãos dos países-membros da coalizão dos cruzados", informou a Amaq, órgão de propaganda do EI. (Com as agências internacionais)

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AFP