Topo

Suspeito de matar família brasileira volta para a Espanha e é preso

Marcos Campos Nogueira e sua mulher Janaína Santos Américo foram encontrados mortos na Espanha, onde viviam - Reprodução
Marcos Campos Nogueira e sua mulher Janaína Santos Américo foram encontrados mortos na Espanha, onde viviam Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

19/10/2016 11h50

Patrick Nogueira Gouveia, suspeito de ter assassinado uma família brasileira na Espanha, desembarcou nesta quarta-feira (19) em Madri, após entrar em acordo para se entregar e foi detido por agentes da Guarda Civil espanhola.

Gouveia é o principal suspeito do assassinato de quatro integrantes da família procedente do Estado da Paraíba. O suspeito, de 20 anos, é sobrinho de Marcos Nogueira, um dos mortos, junto com a mulher, Janaína Santos Américo, e os dois filhos do casal, de um e quatro anos de idade, na cidade de Pioz, localizada na província de Guadalajara.

Fontes da investigação disseram à agência de notícias Efe que Patrick decidiu se entregar logo depois de acordo entre o advogado e os investigadores do caso.

Gouveia seria interrogado ainda nas instalações da corporação no aeroporto Adolfo Suárez-Madri Barajas e depois seria colocado à disposição da justiça.

Os corpos dos quatro integrantes da família brasileira foram encontrados no dia 18 de setembro, em sacos plásticos, no interior da casa em que viviam.

A Guarda Civil diz ter "muitos indícios razoáveis e provas indubitáveis" de que Gouveia foi o autor material do crime.

Além disso, os investigadores acrescentaram que o jovem suspeito apresenta um perfil psicótico.

Entre os indícios citados, os investigadores apontaram que o sobrinho trocou apressadamente sua passagem de avião para voltar ao Brasil em 20 de setembro, dois dias depois da descoberta dos corpos das vítimas.

Eles foram achados em um chalé em Pioz, 60 km a leste de Madri no dia 18 de setembro. Marcos não era visto desde 17 de agosto, e os investigadores acreditam que o crime possa ter acontecido na tarde ou noite desse dia.

Não há suspeita da participação de cúmplices ou de ligação com o crime organizado.

De acordo com o GPS do telefone celular do suspeito, ele esteve na casa de Pioz no dia do crime, afirmou na semana passada um funcionário do governo na região de Castilla-La Mancha.

O ministério das Relações Exteriores da Espanha havia solicitado ao Brasil a detenção do suspeito, mas o governo brasileiro respondeu que em virtude do tratado bilateral de extradição não poderia entregar Gouveia, que agora chega de maneira voluntária a Espanha. (Com as agências internacionais)