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Terremoto atinge região de Fukushima e gera alerta de tsunami

Canal de TV japonês NHK transmite alerta de tsunami após terremoto - Reprodução
Canal de TV japonês NHK transmite alerta de tsunami após terremoto Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

21/11/2016 19h34Atualizada em 21/11/2016 22h56

Um terremoto de magnitude 6.9 atingiu nesta segunda-feira (21) a costa da província de Fukushima, no leste do Japão, e provocou um alerta de tsunami para ondas de até três metros. O tremor, que inicialmente foi classificado como de magnitude 7.3 mas depois foi rebaixado, também foi sentido em Tóquio.

O alerta de tsunami foi cancelado horas depois, sem sinais de destruição na costa. Segundo a agência meteorológica japonesa, o sismo ocorreu por volta das 6h da manhã (horário local), a uma profundidade de cerca de 10 km. As autoridades já ordenaram que os moradores de Kaimashi, 280 km ao norte de Fukushima, deixem a cidade.

A Tokyo Electric Power, que opera as usinas de Fukushima, onde as inundações causadas pelo tsunami depois do terremoto de 2011 causaram o derretimento de vários reatores, disse que uma onda de quase um metro atingiu a central nuclear Fukushima número 2. Essa usina, bem como a número 1, foram fechadas desde março de 2011.

Ainda segundo a Tokyo Electric Power, conhecida como Tepco, nenhum dano do terremoto foi confirmado em qualquer uma de suas usinas, embora tenha havido apagões em algumas áreas. 

A emissora NHK mostrou imagens de uma área costeira ligeiramente ao sul das usinas nucleares, onde as sirenes que alertam sobre o tsunami estavam tocando, enquanto os moradores eram alertados para se retirar do local.

"Não pense que você está seguro", disse mensagem da emissora. "Fuja para locais mais altos." 

De acordo com a NHK, um incêndio causou uma explosão em uma fábrica de produtos químicos, mas não forneceu detalhes sobre o tamanho da explosão ou danos.

A agência meteorológica do Japão disse ter indícios, com base no movimento do mar, de formação de um tsunami. Segundo o órgão, há movimentos de retração da água na costa, conhecido como "backwash", e também movimentos suspeitos em alto-mar.

10.fev.2016 - Vestindo macacões e máscaras, jornalistas recebem informações de funcionários (em azul) da Tepco diante dos reatores nucleares de Fukushima  - Toru Hanai/Reuters - Toru Hanai/Reuters
10.fev.2016 - Vestindo macacões e máscaras, jornalistas recebem informações de funcionários (em azul) da Tepco diante dos reatores nucleares de Fukushima
Imagem: Toru Hanai/Reuters

O terremoto causou tremores em prédios distantes, como em Tóquio, que fica a 250 quilômetros de Fukushima.

Segundo a agência americana USGS, dois tremores secundários se seguiram ao inicial, um de magnitude 5.4 e outro, de 4.8.

Em 2011, a mesma região foi palco de um violento terremoto de magnitude 8.9 que abalou a estrutura da central nuclear da província, no maior desastre desse tipo desde o vazamento em Chernobyl, em 1986. Até hoje, dezenas de milhares de pessoas estão desalojadas por causa da radiação liberada após o sismo de 2011. 

Em abril, dois fortes terremotos atingiram a província de Kumamoto, no sul do Japão, e foram seguidos por mais de 1.700 tremores secundários, deixando pelo menos 50 mortos e causando danos generalizados. (Com agências internacionais)