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Colômbia e Farc assinam novo acordo de paz em cerimônia sóbria e sob protesto da oposição

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos (esq) e o líder das Farc, Timoleón Jimenez, apertam as mãos após assinarem o segundo acordo de paz, em Bogotá - Luis Robayo/AFP
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos (esq) e o líder das Farc, Timoleón Jimenez, apertam as mãos após assinarem o segundo acordo de paz, em Bogotá Imagem: Luis Robayo/AFP

Do UOL, em São Paulo

24/11/2016 14h49

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e o líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Rodrigo Londoño, assinaram nesta quinta-feira (24) um acordo de paz revisado, em uma cerimônia mais sóbria do que na assinatura do primeiro acordo, que foi rejeitado no mês passado em um plebiscito.

Os dois líderes assinaram o acordo em um teatro em Bogotá usando uma caneta feita a partir de uma cápsula de munição.

O novo acordo para terminar com 52 anos de conflito armado foi fechado pouco mais de um mês após o acordo original ser inesperadamente derrotado em referendo em 2 de outubro por ser muito leniente com os rebeldes.

O governo e as Farc se encontraram em Cuba durante os quatro últimos anos para terminar o conflito mais longo na região, que já matou mais de 220 mil pessoas e deslocou milhões.

O líder da oposição e ex-presidente, Álvaro Uribe, encabeçou o movimento para rejeitar o acordo original e queria mudanças mais profundas na nova versão.

Ele se mostrou irritado que Santos irá ratificar o novo acordo no Congresso, invés de realizar outra votação, e pede que manifestantes tomem as ruas.

A cerimônia de assinatura marcou uma contagem de seis meses para que os 7 mil membros das Farc abandonassem armas e formassem um partido político.

Apesar do amplo alívio com o final do conflito, muitos entre os moradores da Colômbia, em maioria conservadores, se mostram irritados porque, como o acordo original, o novo documento não dá prisão aos líderes da Farc que cometeram crimes como sequestros e massacres e permite que eles montem um partido político.

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Efe