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Trump indica o marido de Ivanka como conselheiro da Casa Branca

Spencer Platt/Getty Images/AFP
Imagem: Spencer Platt/Getty Images/AFP

Do UOL, em São Paulo

09/01/2017 16h05Atualizada em 09/01/2017 21h56

Jared Kushner, genro do presidente eleito do EUA, Donald Trump, foi nomeado conselheiro sênior do presidente.  Sua indicação pode violar a lei federal antinepotismo e provocar contestações legais. Diferentemente de cargos no gabinete, o posto não exige confirmação no Senado.

Kushner, 35, é casado com Ivanka Trump e foi um dos mais influentes integrantes na campanha presidencial do sogro. A provável nomeação já suscita duas pesadas críticas ao magnata: a primeira, que seria um caso de nepotismo, e a segunda, um claro conflito de interesses. Ivanka ser CEO das empresas do pai --o que colocaria dúvidas nas negociações que serão feitas pelo governo do republicano.

Segundo uma lei de 1967 após John F. Kennedy ter nomeado seu irmão, Robert F. Kennedy, como secretário de Justiça, nenhuma autoridade pública pode contratar um familiar, inclusive um relacionado por casamento, a uma agência ou cargo sobre a qual tem autoridade.

"(Kushner) será um membro inestimável da minha equipe quando faça funcionar e executar minha ambiciosa agenda, colocando o povo americano em primeiro lugar", afirmou Trump em comunicado no qual confirma esta nomeação.

De acordo com a nota oficial, Kushner trabalhará junto ao chefe do gabinete, Reince Priebus, e ao estrategista chefe da Casa Branca, Stpehen Bannon; um trio que, segundo Trump, "formará uma equipe de liderança efetiva".

O genro de Trump magnata do setor imobiliário por conta própria que, assim como Trump, comanda uma empresa fundada por seu pai. Sua influência se estende à mídia de notícias: ele é dono do jornal "The New York Observer". E a riqueza de sua família rivaliza a do clã Trump, ao qual se juntou quando se casou com Ivanka.

"Jared tem sido um ativo tremendo e um assessor de confiança através da campanha e da transição, e estou orgulhoso por tê-lo em um papel de liderança no meu governo", declarou Trump. (Com agências internacionais)