Topo

Islândia mobiliza operação recorde para encontrar jovem vítima de crime raro

Birna Brjansdottir desapareceu em 14 de janeiro - AFP PHOTO / Reykjavik Metropolitan Police
Birna Brjansdottir desapareceu em 14 de janeiro Imagem: AFP PHOTO / Reykjavik Metropolitan Police

Do UOL, em São Paulo

23/01/2017 12h25

A Islândia enfrentou durante a última semana a maior operação de resgate de sua história, segundo a mídia local, em busca de Birna Brjansdottir, 20, que estava desaparecida desde 14 de janeiro.

No domingo (22), a polícia encontrou o corpo da jovem em uma praia ao sul da capital Reykjavík e está tratando o caso oficialmente como assassinato, apesar de ainda não ter apontado a causa da morte, segundo a agência France Presse.

O crime chamou a atenção no país porque a Islândia tem um dos índices de criminalidade mais baixos do mundo. Homicídios são raros, e a polícia não usa armas letais nas patrulhas urbanas.

De acordo com a imprensa local, 725 voluntários ajudaram na operação de resgate. Dois marinheiros da Groenlândia, de 25 e 30 anos, foram detidos por conexão com o desaparecimento.

Câmeras de segurança mostraram Brjansdottir saindo de um bar por volta das 5h, em meio a neve e neblina nas ruas de Reykjavík. Seus sapatos foram encontrados em um porto ao sul da capital, próximo à doca onde o barco Polar Nanoq, da Groenlândia, estava atracado.

As imagens também mostraram que o mesmo modelo de carro que havia sido filmado próximo ao local onde ela foi vista pela última vez estacionou perto do barco às 6h30. Traços de sangue de Brjansdottir foram encontrados no automóvel, que havia sido alugado pelos marinheiros, de acordo com as autoridades.

O barco chegou a desancorar do porto horas depois do desaparecimento da garota, mas a polícia o perseguiu, de helicóptero, e o obrigou a retornar a Reykjavík. Os dois marinheiros foram presos.

Com uma população de 330 mil pessoas, a Islândia registrou uma média de 1,8 assassinato por ano desde 2001, de acordo com as estatísticas policiais. E o índice foi afetado pelo número maior de assassinatos em um determinado ano (2002), sendo que em 2003, 2006 e 2008 nenhum homicídio foi registrado no país.

Os assassinos, na maior parte dos casos, estavam sob influência de álcool ou sofriam de problemas mentais. (Com AFP)