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Conselheiro de Segurança de Trump renuncia por conversa com Rússia

Michael Flynn havia sido escolhido por Trump para ser seu assessor de segurança - Yuri Gripas/Reuters
Michael Flynn havia sido escolhido por Trump para ser seu assessor de segurança Imagem: Yuri Gripas/Reuters

Do UOL, em São Paulo

14/02/2017 02h13

O conselheiro de segurança nacional norte-americano Michael Flynn renunciou na noite desta segunda-feira (13), já madrugada de terça-feira (14) no Brasil. Ele ficou menos de um mês no cargo. 

O general reformado estava em meio a uma situação embaraçosa desde que vieram à tona polêmicas conversas que manteve em dezembro com o embaixador russo em Washington, Sergei Kislyak, semanas antes de Donald Trump assumir a Presidência dos Estados Unidos. O assunto teria sido as sanções aprovadas nos últimos anos pelos EUA contra Moscou.

Tais conversas poderiam incorrer em violação de uma lei que proíbe cidadãos privados de se envolverem na política externa, conhecida como Logan Act.

A polêmica eclodiu em janeiro, e Flynn se contradisse na hora de explicar o conteúdo de suas conversas com o diplomata. Chegou a dizer que não podia garantir com “100% de certeza” que o tema das sanções não tivesse sido mencionado.

Os congressistas democratas, então, pediram que Flynn renunciasse ou fosse demitido. Já os republicanos haviam optado pelo silêncio.

Em 15 de janeiro, cinco dias antes da tomada de posse, o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, apareceu em vários programas de TV para defender Flynn.

Mas o jornal The Washington Post e, depois, o The New York Times informaram na sexta-feira (10) que os serviços de Inteligência descobriram que Flynn pediu ao embaixador russo para não reagir de forma desproporcional, porque o governo Trump poderia rever as sanções quando chegasse à Casa Branca.

(Com agências internacionais.)