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Trump soube há semanas que assessor mentiu sobre contatos com russos

Yuri Gripas/Reuters
Imagem: Yuri Gripas/Reuters

Do UOL, em São Paulo

14/02/2017 17h12

O presidente dos EUA, Donald Trump, soube há semanas que seu assessor de segurança nacional, Michael Flynn, havia mentido sobre seus contatos com o embaixador russo e pediu sua renúncia após concluir que ele não poderia ser confiado, afirmou a Casa branca nesta terça-feira (14). 

O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, afirmou que a equipe do presidente "estava avaliando a situação diariamente para determinar a verdade" e acabou concluindo que, embora não tivesse havido uma violação da lei, Flynn não poderia ficar no cargo.

"A erosão do nível de confiança como resultado dessa situação e uma série de outros incidentes questionáveis levaram a que o presidente pedisse ao general Flynn que renunciasse", afirmou Spicer. 

Flynn renunciou na noite desta segunda-feira (13), já madrugada de terça-feira (14) no Brasil. Ele ficou menos de um mês no cargo.

O general reformado estava em meio a uma situação embaraçosa desde que vieram à tona polêmicas conversas que manteve em dezembro com o embaixador russo em Washington, Sergei Kislyak, semanas antes de Trump assumir a Presidência dos Estados Unidos. O assunto teria sido as sanções aprovadas nos últimos anos pelos EUA contra Moscou.

Tais conversas poderiam incorrer em violação de uma lei que proíbe cidadãos privados de se envolverem na política externa, conhecida como Logan Act.

A polêmica eclodiu em janeiro, e Flynn se contradisse na hora de explicar o conteúdo de suas conversas com o diplomata. Chegou a dizer que não podia garantir com "100% de certeza" que o tema das sanções não tivesse sido mencionado.