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Após EUA, Reino Unido anuncia proibição a aparelhos eletrônicos a voos do Oriente Médio

Agente de segurança verifica itens passando pelo raio-x no aeroporto de Istambul, na Turquia - Murad Sezer/Reuters
Agente de segurança verifica itens passando pelo raio-x no aeroporto de Istambul, na Turquia Imagem: Murad Sezer/Reuters

Do UOL, em São Paulo

21/03/2017 13h49

O governo britânico se somou nesta terça-feira (21) aos Estados Unidos e proibiu o transporte de computadores portáteis e tablets aos passageiros aéreos procedentes de seis países do Oriente Médio, por medo de que escondam uma bomba.

Sob as novas medidas de segurança, os passageiros que voarem ao Reino Unido a partir de Turquia, Líbano, Jordânia, Egito, Tunísia e Arábia Saudita não poderão levar na cabine "telefones, computadores e tablets maiores que um celular de tamanho normal", mas poderão despachá-los com sua bagagem.

Segundo o governo britânico, a medida é "necessária, eficaz e proporcional".

A restrição afeta seis companhias aéreas britânicas -- British Airways, EasyJet, Jet2.com, Monarch, Thomas Cook e Thomson -- e oito estrangeiras -- Turkish Pegasus Airways, Atlas-Global, Middle East Airlines, Egyptair, Royal Tunis Air, Saudia.

Uma fonte do governo afirmou à BBC: "Decisões que modificam nosso regime de segurança aérea nunca são tomadas a esmo. Não hesitaremos em agir para manter a segurança do público e vamos agir em conjunto com nossos parceiros internacionais para minimizar quaisquer problemas que essas novas medidas possam causar".

No caso americano, os aeroportos onde a restrição será aplicada são do Cairo (Egito), Dubai e Abu Dhabi (Emirados Árabes), Jeddah e Riad (Arábia Saudita), Istambul (Turquia), Doha (Qatar), Amã (Jordânia), Al Kuait (Kuait) e Casablanca (Marrocos). As empresas afetadas são Egyptair, Emirates Airline, Etihad Airways, Kuwait Airways, Qatar Airways, Royal Air Maroc, Royal Jordanian Airlines, Saudi Arabian Airlines eTurkish Airlines.

 "O governo americano está preocupado com o interesse de terroristas em atacar a aviação comercial, incluindo centros de transporte aéreo nos últimos dois anos, como evidenciado pela derrubado de um avião no Egito em 2015; pela tentativa de derrubada de um avião na Somália em 2016; e pelos ataques armados contra os aeroportos de Bruxelas e de Istambul em 2016", afirmou o Departamento de Segurança Nacional em comunicado.

"Informações de inteligência avaliadas indicam que grupos terroristas continuam a ter como alvo a aviação comercial para contrabandear explosivos em vários itens de consumo."