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Estado Islâmico diz que autor de atentado em Londres era "soldado" do grupo

Do UOL, em São Paulo

23/03/2017 09h59Atualizada em 23/03/2017 13h43

O Estado Islâmico afirmou nesta quinta-feira (23) que o autor do atentado de ontem próximo ao Parlamento britânico, em Londres, que deixou três pessoas e o agressor mortos, era "soldado" do grupo terrorista. A informação foi divulgada pela agência Site, que monitora grupos terroristas.

Segundo o comunicado, o autor cometeu o ataque "executando a operação em resposta ao chamado para atingir cidadãos das nações da coalizão". Ao lado de países como França, Estados Unidos, Rússia e Turquia, o Reino Unido faz parte da coalizão internacional que combate o EI na Síria e no Iraque.

#ISIS' 'Amaq published its report on #Londonattack in both Arabic and English pic.twitter.com/

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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— SITE Intel Group (@siteintelgroup) 23 de março de 2017

O comunicado repete um procedimento comum do Estado Islâmico de considerar "soldados" terroristas que cometeram atentados isoladamente, sem ligação direta com o grupo --diferentemente, por exemplo, dos atentados de novembro de 2015 em Paris, cometidos e planejados por militantes do EI.

O grupo já havia assumido essa postura no atentado a uma boate em Orlando, nos EUA, e durante uma comemoração nas ruas de Nice, na França, no ano passado.

"Ainda é nossa crença que este agressor agiu sozinho e foi inspirado pelo terrorismo internacional. A esta altura não temos informações específicas sobre outras ameaças ao público", afirmou o chefe da policial antiterrorista do Reino Unido, Mark Rowley.

A premiê britânica, Theresa May, informou que o criminoso nasceu no país e já havia sido investigado por extremismo, mas não estava no radar das autoridades atualmente. 

Vídeo flagra momento em que mulher cai de ponte

Reuters

Segundo o ministro da Defesa britânico, Michael Fallon, esse tipo de ataque dos 'lobos solitários' --pessoas que praticam atentados sozinhas, ainda que por inspiração em grupos terroristas-- é mais desafiador para as forças de segurança.

"A polícia e as agências nas quais confiamos para nossa segurança impediram um grande número destes ataques nos últimos anos, mais de uma dúzia no ano passado", afirmou ele à rede BBC:

Este tipo de ataque, usando coisas da vida cotidiana, um veículo, uma faca, é muito mais difícil de impedir

"Estamos lidando com um inimigo, um inimigo terrorista, que não está fazendo exigências ou pegando pessoas como reféns, mas que simplesmente quer matar tantas pessoas quanto possível. Este é um novo elemento do terrorismo internacional", disse Fallon.

O agressor utilizou um carro alugado para atropelar pedestres na ponte Westminster e, em seguida, avançar em direção ao Parlamento, onde esfaqueou um policial. Dois pedestres e o policial morreram, assim como o autor do ataque.