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Síria diz que EUA cometeram ataque irresponsável e são parceiros do terrorismo

7.abr.2017 - Imagem fornecida pela Marinha norte-americana mostra lançamento de míssil a partir destroyer americano em ataque a base aérea síria - Ford Williams/Marinha dos EUA/AP - Ford Williams/Marinha dos EUA/AP
Imagem fornecida pela Marinha norte-americana mostra lançamento de míssil a partir destroyer americano em ataque a base aérea síria
Imagem: Ford Williams/Marinha dos EUA/AP

Do UOL, em São Paulo

07/04/2017 09h12

O governo sírio classificou como "irresponsável e imprudente" o ataque dos Estados Unidos contra a base aérea de Shayrat, em Homs, que deixou mortos, feridos e causou danos. Segundo o gabinete do presidente Bashar al-Assad, "essa agressão aumentou a determinação da Síria em atingir os agentes terroristas".

A Síria também afirmou que o bombardeio é resultado de uma falsa campanha de propaganda de Washington, que utilizou como justificativa o suposto químico do regime Assad contra civis em Khan Sheikhoun, que deixou mais de 80 mortos na terça-feira (4) --a Síria nega ter utilizado armas químicas.

Mapa da Síria - ataque Estados Unidos EUA x ataque químico 615x300 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

Mais cedo, o ministro da Defesa da Síria, Fahd Jassem al Freij, afirmou que o ataque "faz dos EUA um parceiro" do Estado Islâmico (EI) e da Frente al Nusra (atual Frente de Conquista de Levante, que anteriormente era ligada à Al Qaeda) e ressaltou que se trata uma ação "ilegal" e "contrária" ao direito internacional.

Segundo o ministro, o bombardeio está na linha da estratégia americana, que "desde o primeiro dia" pretende "enfraquecer" as capacidades militares da Síria em sua luta contra o terrorismo.

A resposta de Damasco, segundo Al Freij, será "insistir em seu dever nacional de defender os sírios e lutar contra o terrorismo e estabelecer de novo a segurança na Síria".

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AFP

Além disso, voltou a rebater as "justificativas" dos EUA para lançar o ataque, que segundo afirmação do presidente Donald Trump, representa uma represália ao suposto bombardeio com armas químicas contra a cidade de Khan Sheikhoun, e ressaltou que Washington ""não sabe a verdade sobre o que aconteceu e quem é o responsável".

As autoridades de Damasco reconheceram que realizaram o ataque em Khan Sheikhoun, mas afirmaram que a disseminação do gás ocorreu porque foi atingido um depósito de armas químicas da Frente al Nusra.

A ONU confirmou que pelo menos 70 pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas, embora o Observatório Sírio de Direitos Humanos tenha elevado o número de mortos para 86 e a Defesa Civil falou de mais de 300 feridos.

A oposição síria e vários países, entre eles os EUA, França e Reino Unido, acusaram ao governo de Bashar al Assad de ter usado armas químicas no ataque.

Em pronunciamento após o ato contra a base aérea, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que foi um "ataque vital de segurança nacional", já que classificou como inaceitável a atitude do governo sírio em ferir com gás neurotóxico "homens, mulheres e crianças indefesos".

"Todos os países civilizados deveriam contribuir para o fim do conflito sírio" e "acabar com o massacre e derramamento de sangue na Síria". (Com agências internacionais)