É possível, mas improvável, que a Rússia soubesse de planos de ataque químico na Síria, diz Trump
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta quarta-feira (12), que é possível, mas improvável, que o governo russo soubesse antecipadamente dos planos do presidente sírio, Bashar al-Assad, de realizar o ataque com armas químicas de deixou mais de 80 mortos no norte da Síria. Durante entrevista coletiva ao lado do secretário-geral da Otan, o norueguês Jens Stoltenberg, Trump afirmou que não se arrepende do ataque contra a base área síria e agradeceu o apoio da Otan ao ataque americano.
O Pentágono afirmou após o ataque americano ter evidências de que a Rússia teria participação no ataque. Aviões russos teriam bombardeado um hospital que fazia o atendimento aos feridos pelo ataque sírio com gás sarin para encobrir as provas do uso de armas químicas.
"Assad é um assassino", disse Trump ao lado de Stoltenberg. Segundo o presidente, chegou o "momento de por um fim à brutal guerra civil na Síria e permitir que centenas de milhares de refugiados retornem a seus lares". Trump insistiu em que é necessário "trabalhar juntos para resolver o desastre que está ocorrendo na Síria".
Stoltenberg, que está em Washington, disse que "qualquer uso de armas químicas é inaceitável, não pode ficar sem resposta e os autores devem ser responsabilizados".
Trump disse ainda que o presidente russo, Vladimir Putin, está apoiando uma pessoa que é verdadeiramente má [em referência ao presidente Assad], e isto é muito ruim para a Rússia. Questionado sobre as relações dos EUA com Moscou, o presidente americano desconversou: "Veremos", respondeu, em referência aos diálogos feitos nesta quarta pelo secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, que está em Moscou e foi recebido por Putin. "Seria fantástico se pudéssemos nos dar bem com Putin e a Rússia", disse.
"Agora mesmo não estamos nos dando bem com a Rússia em nada. Podemos estar em um dos pontos mais baixos de todos os tempos. Isto vem sendo construído em um longo período de tempo", disse Trump.
Recuo nas críticas à Otan
Em um tom muito mais positivo em comparação com as críticas feitas por ele durante a campanha presidencial e suas primeiras semanas como presidente, Trump elogiou os trabalhos da Otan. "Eu disse que a Otan era obsoleta. Ela não é mais", afirmou.
Trump insistiu ainda o seu apelo para que os países integrantes da aliança militar honrem com seus compromissos e paguem suas dívidas com o grupo e aumentem a a despesa em Defesa até o objetivo estipulado de 2% do PIB (Produto Interno Bruto). Da sua parte, Stoltenberg reafirmou que esta é uma de suas "prioridades" e que espera que todos os países-membros cumpram com o prometido.
"A mensagem clara e direta do presidente Trump ajudou, e vemos como os países estão começando a trabalhar na direção adequada", acrescentou o secretário-geral da Otan.
A cúpula de líderes da Otan programada para o final do próximo mês de maio em Bruxelas será a primeira viagem internacional de Trump e sua apresentação oficial fora dos EUA, após chegar ao poder no último mês de janeiro. (Com agências internacionais)
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