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Trump chama lançamento de "mãe de todas bombas" no Afeganistão de "outro evento de sucesso"

13.abr.2017 - A bomba GBU-43/B, também conhecida como Artilharia Maciça de Explosão no Air, é lançada com sucesso durante teste na Flórida em 21 de abril de 2003 - U.S. Air Force photo/Handout via REUTERS
13.abr.2017 - A bomba GBU-43/B, também conhecida como Artilharia Maciça de Explosão no Air, é lançada com sucesso durante teste na Flórida em 21 de abril de 2003 Imagem: U.S. Air Force photo/Handout via REUTERS

Do UOL, em São Paulo

13/04/2017 16h20

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (13) que o lançamento daquela considerada a "mãe de todas as bombas" contra alvos do Estado Islâmico no Afeganisão foi "outro evento de sucesso".

"Estou muito, muito orgulhoso de nossos militares", afirmou Trump. "Foi outro evento de sucesso", acrescentou, deixando subentendido que o evento anterior havia sido o bombardeio à Síria, na semana passada. 

A Casa Branca afirmou que o bombardeio teve como alvo túneis e cavernas usadas por militantes do EI  na província de Nangarhar, na fronteira do Afeganistão com o Paquistão. A extensão dos danos ainda não é sabida.

Pela primeira vez na história, os americanos utilizaram a bomba GBU-43 Massive Ordnance Air Blast (MOAB), um gigantesco projétil de 10 toneladas, criado para destruir complexos de cavernas e túneis subterrâneos.

O lançamento, normalmente feito por um Hércules C130, foi anunciado poucas horas depois de acontecer no distrito de Achin às 19h32 (horário local, 12h02 de Brasília), uma rapidez pouca habitual em operações deste tipo.

13.abr.2017 - A bomba conhecida como Artilharia Maciça de Explosão no Air (MOAB, na sigla em inglês) é preparada para teste no Centro de Armamento da Eglin Air Force, em 11 de março de 2003 - Reuters - Reuters
A bomba conhecida como Artilharia Maciça de Explosão no Ar (MOAB, na sigla em inglês) é preparada para teste no Centro de Armamento da Eglin Air Force, em 11 de março de 2003
Imagem: Reuters

A província de Nangarhar, no leste afegão e perto da fronteira com Paquistão, é a remota região na qual os jihadistas do EI se assentaram para estender sua presença na que chamam província de Khorasan (parte de seu autodeclarado califado).

"O bombardeio foi pensado para minimizar o risco para as forças afegãs e americanas que realizam operações sobre o terreno nessa área, ao mesmo tempo que maximiza a destruição de combatentes e instalações do EI-Khorasan", explicou o Pentágono em um comunicado.

"Esta é a munição adequada para reduzir os obstáculos e manter o ritmo da ofensiva contra o EI-Khorasan", acrescentou o general John W. Nicholson, comandante das forças americanas no Afeganistão, que lembrou que os jihadistas estiveram trabalhando em defesas subterrâneas e bunkers.

O uso da "mãe de todas as bombas", que mata com a imponente pressão de ar que gera, indicaria que a área estava amplamente ocupada por operativos e instalações do EI, sem evidente presença civil.

O Pentágono assegurou hoje que "foram tomadas as precauções para evitar vítimas civis", apesar de o projétil, que é guiado ao alvo apenas durante a queda, não ser considerada de precisão.