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Explosão atinge depósito próximo ao aeroporto de Damasco; Hezbollah acusa Israel

Foto feita a partir da cidade de Douma mostra clarão das chamas que seriam da explosão - Semeer Al-Doumy/AFP Photo
Foto feita a partir da cidade de Douma mostra clarão das chamas que seriam da explosão Imagem: Semeer Al-Doumy/AFP Photo

Do UOL, em São Paulo

27/04/2017 05h21

Uma forte explosão atingiu nesta quinta-feira (27) um depósito de armas que pertence ao grupo libanês Hezbollah, nas proximidades do Aeroporto Internacional de Damasco, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos. Em entrevista à TV Al Manar, o Hezbollah, que apoia o presidente sírio, Bashar al-Assad, disse tratar-se de um ataque aéreo por parte de Israel. Ninguém ficou ferido.

O aeroporto, a 25 km a sudeste da capital síria e ao lado da estrada que une a capital com o Líbano, é o único ponto que mantém ligada a Síria com o exterior, já que o restante das fronteiras terrestres está cortado por grupos rebeldes e islamitas, milícias curdas e a organização jihadista Estado Islâmico. 

Damasco está relativamente a salvo da violência provocada pela guerra civil no país, mas, em diversos bairros da periferia da capital, grupos rebeldes combatem as forças do regime sírio.

Caso o envolvimento de Israel seja confirmado, este seria o segundo ataque em quatro dias do país contra alvos na Síria. Em Jerusalém, porém, o exército de Israel se recusou a comentar a informação.
 
Em 13 de janeiro, Damasco acusou Israel de ter bombardeado o aeroporto militar de Mazze, ao oeste da capital, o que provocou incêndios. Neste aeroporto fica o serviço de inteligência da Aeronáutica. 
 
Em 2016, vários mísseis israelenses atingiram os arredores desta base militar, segundo a imprensa estatal síria.
 
Também no ano passado, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu admitiu que Israel atacou dezenas de comboios de armas destinadas ao Hezbollah. 
 
Israel está preocupado com a presença na Síria do Hezbollah, um de seus principais adversários, que tem o apoio do Irã e das forças iranianas que respaldam o regime de Bashar al-Assad.

Em seis anos, a guerra civil síria já deixou 320 mil mortos e em milhões de deslocados e refugiados, segundo organizações internacionais.

(Com agências internacionais.)