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Trump apagou todos os seus comunicados de imprensa antigos. Mas não contava com uma coisa

Carolyn Kaster/NYT
Imagem: Carolyn Kaster/NYT

Do UOL, em São Paulo

09/05/2017 17h53

O governo Donald Trump apagou todos os comunicados de imprensa emitidos pelo empresário antes de 1º de janeiro de 2017 -- portanto, antes de sua posse como presidente dos EUA -- e que estavam arquivados no site donaldjtrump.com. 

O que ele não esperava era que os documentos já estivessem sido salvos em outro lugar, o arquivo de internet Wayback Machine, que mantém seus servidores no Canadá.

Embora tenha sido deletado do site oficial do presidente, o comunicado original de 7 de dezembro de 2015 em que Trump defende a proibição de entrada de muçulmanos nos EUA pode ser encontrado no arquivo. Ele diz: "Donald J. Trump defende uma total e completa proibição de entrada de muçulmanos nos EUA até que os representates de nosso país entendam o que está acontecendo". 

9.mai.2017 - Print screen da Wayback Machine (Internet Archive) - Reprodução - Reprodução
Printscreen da Wayback Machine
Imagem: Reprodução

Também não vai cair no esquecimento o comunicado de 5 de abril de 2016 em que Trump repete a promessa de fazer com que o México pague pelo muro na fronteira com os EUA.

"O México atualmente recebe US$ 24 milhões em pagamentos de remessas anualmente dos EUA. Isso dá vantagem substancial aos EUA para obter do México os fundos necessários para pagar pelo muro na fronteira. O custo do muro é nada comparado às centenas de bilhões que gastamos anos após anos dando serviços e benefícios aos imigrantes ilegais", propôs o texto.

Atualmente, o governo Trump tem tido dificuldade de convencer até os correspondentes da Casa Branca de que o muro -- e não uma cerca -- sairá do papel. 

Outro comunicado que foi salvo para a posteridade é o que propõe o "New Deal de Trump para a América Negra", um plano de igualdade racial em dez pontos. Também está guardado comunicado em que Trump prometeu limites de mandatos para membros do Congressos. Ambas as medidas não foram implementadas pelo presidente.