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Sequestro em Melbourne foi terrorismo, diz polícia; EI assume responsabilidade

Policiais atuam em sequestro em Brighton, no subúrbio de Melbourne (Austrália) - Mal Fairclough/AFP
Policiais atuam em sequestro em Brighton, no subúrbio de Melbourne (Austrália) Imagem: Mal Fairclough/AFP

Do UOL, em São Paulo

05/06/2017 20h38

A polícia da Austrália está tratando como um "incidente terrorista" um sequestro na manhã desta segunda (5) em Melbourne após o qual o sequestrador foi morto. 

O sequestrador, identificado agora como Yacqub Khayre, fez uma mulher refém e feriu três policiais, e foi morto pela polícia após um impasse de mais de uma hora. 

Durante o sequestro, ele havia dito que estava agindo em nome do Estado Islâmico (EI), mas as autoridades apenas à noite confirmaram a conexão. 

O EI também se pronunciou, dizendo que um dos seus combatentes foi responsável por uma situação de tiroteio e refém na Austrália e que ele fez isso devido à adesão do país a uma coalizão liderada pelos EUA contra o grupo militante.

"O ataque em Melbourne, Austrália, foi realizado por um soldado do Estado Islâmico", disse a agência de notícias do grupo, Amaq.

A Austrália, uma forte aliada dos Estados Unidos e de suas ações contra o EI na Síria e no Iraque, está em alerta contra ataques de militantes locais que tenham voltado de combates no Oriente Médio ou de seus apoiadores.

Os policiais foram baleados depois do impasse em um prédio de apartamentos no subúrbio litorâneo de alto nível de Brighton, disse a polícia, acrescentando que um segundo homem foi encontrado morto mais cedo, vítima de um ferimento de bala.

A polícia do Estado de Victoria foi ao prédio e tentou negociar com um homem do lado de dentro depois que uma mulher chamou os serviços de emergência dizendo estar sendo mantida como refém, disse o vice-comissário Andrew Crisp a repórteres.

Depois que as negociações falharam, o homem saiu e começou a atirar contra a polícia, ferindo três agentes antes de ser morto a tiros.

"O terrorismo é uma linha de inquérito", disse Crisp, acrescentando que a polícia de contraterrorismo e a unidade criminal da corporação estão investigando.

A polícia também está averiguando um relato sobre um telefonema à redação de um canal de televisão dizendo que o incidente tem relação com o Estado Islâmico, afirmou, mas não identificou nem a pessoa que ligou para a redação nem o atirador.

A refém foi libertada, disse Crisp, e os policiais feridos não correm risco de morte.