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May: conservadores manterão "estabilidade necessária" mesmo sem maioria absoluta

Theresa May discursa após ganhar assento nas eleições gerais antecipadas por ela - Geoff Caddick/AFP Photo
Theresa May discursa após ganhar assento nas eleições gerais antecipadas por ela Imagem: Geoff Caddick/AFP Photo

Do UOL, em São Paulo

09/06/2017 01h25

A primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou nesta sexta-feira (9, data local) que os conservadores manterão a "estabilidade necessária" no Reino Unido, mesmo não obtendo o resultado que se esperava nas eleições legislativas realizadas nesta quinta-feira (8).

Para a premiê, qualquer que seja o resultado, "o país precisa de um período de estabilidade" e "se o partido ganhou a maioria das cadeiras e votos, ele garantirá que possamos cumprir a tarefa de garantir estabilidade". May foi reeleita na circunscrição de Maidenhead, na região de Londres.

Em 18 de abril, Theresa May convocou eleições antecipadas com o objetivo, segundo explicou na ocasião, de aumentar sua maioria absoluta e ter uma liderança forte nas negociações sobre o "Brexit", que devem começar no próximo dia 19. 

Quando da dissolução do Parlamento, em maio, os conservadores tinham 330 cadeiras, contra 229 do Partido Trabalhista.

Se efetivamente não conseguir somar as 326 cadeiras necessárias para a maioria absoluta, os "tories" poderiam contar com o apoio dos deputados unionistas pró-britânicos da Irlanda do Norte para formar um governo e desenvolver o orçamento do Estado e o programa eleitoral.

O líder trabalhista, Jeremy Corbyn, considera que May perdeu a eleição e que deve renunciar, abrindo caminho para um novo governo. "[May] perdeu cadeiras conservadoras, perdeu votos, perdeu apoio e perdeu confiança. Eu digo que isto é o suficiente para partir", declarou Corbyn após ser reeleito na circunscrição de Islington North, no centro de Londres.

"A primeira-ministra convocou estas eleições, pois ela queria um mandato. O que obteve foi a perda de cadeiras para os conservadores, perda de votos e perda de confiança", disse o trabalhista.