Secretário de Justiça de Trump diz que acusação de ligação com russos é "mentira detestável"
Em seu depoimento para a Comissão de Inteligência do Senado sobre o envolvimento da Rússia nas eleições americanas do ano passado, o secretário de Justiça, Jeff Sessions, negou nesta terça-feira (13) ter tido qualquer encontro não divulgado oficialmente com autoridades russas.
"Nunca tive qualquer encontro ou conversa com qualquer russo" em relação a qualquer tipo de interferência com as eleições nos EUA, disse. "Sugerir que participei em qualquer conluio para prejudicar esse país, ao qual eu servi com honra por 35 anos, é uma mentira terrível e detestável", afirmou, lembrando que esteve no Senado desde 1997 até ser convidado por Trump para assumir o Departamento de Justiça. Ele disse ainda que não tem qualquer informação sobre a investigação "além do que foi publicado".
O secretário de Justiça se recusou a comentar uma série de perguntas sobre conversas que teve com Trump, incluindo sobre a forma como o ex-diretor do FBI James Comey conduziu a investigação sobre a Rússia.
Diversos senadores democratas o acusaram de estar obstruindo a investigação do Comitê do Senado ao recusar-se a comentar seus encontros com Trump. "Estou protegendo o direito constitucional do presidente", disse Sessions.
Sessions disse ainda que não teve um terceiro encontro com o embaixador russo, Sergei Kislyak, como foi revelado pela imprensa americana. "Não tive nenhum encontro privado com qualquer autoridade russa no hotel Mayflower" em abril de 2016, disse. "Se houve alguma interação rápida na recepção, não me lembro. Mas o mais importante é que nunca me encontrei ou tive qualquer conversa com autoridades russas ou de outros países com relação à eleição ou à campanha nos Estados Unidos."
Sessions admite os dois encontros que foram registrados, um durante a Convenção do Partido Republicano, em julho do ano passado, e outro em setembro em seu gabinete no Senado.
"Falsos ataques, insinuações, os vazamentos, você pode ter certeza de que não me intimidarão. Esses incidentes só fortaleceram minha determinação", afirmou.
Ele disse que se declarou impedido de participar da investigação sobre o suposto conluio com a Rússia por causa de uma norma do Departamento de Justiça que impede que membros que tenham participado da campanha eleitoral, como foi seu caso, comandem inquéritos envolvendo as campanhas. Sessions disse ainda confiar no trabalho do promotor especial independente, Robert Mueller, e negou qualquer contato prévio com ele.
Mas ele negou que a decisão tenha sido motivada por alguma irregularidade que ele tenha cometido.
Demissão do ex-diretor do FBI
Sessions afirmou não saber se as conversas na Casa Branca são gravadas --uma referência a uma citação de Trump, pouco após a demissão de Comey, sugerindo que poderia ter gravado sua própria conversa com o ex-diretor do FBI.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.