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Peruano é atacado por índios não contatados e fica com flecha cravada no peito

Reprodução/Fenamad
Imagem: Reprodução/Fenamad

Colaboração para o UOL

17/06/2017 15h19

O peruano Daniel Condeña Santa Cruz foi atacado com uma flecha por índios em um conflito na região do Rio Pariamaru, na região de Madre de Deus, que fica na fronteira do Peru com o Acre (Brasil).

O caso aconteceu no início de junho, mas só ganhou notoriedade agora. Natural de Quillabamba, Cusco, Santa Cruz alegou que estava explorando a região com o intuito de colher castanhas. Ele alegou não ter sido alertado que se tratava de um território indígena, um povo não contatado, situado no lado peruano da região amazônica.

Peruano foi atingido por flecha de uma tribo de índios não contatados - Reprodução/Fenamad - Reprodução/Fenamad
Imagem: Reprodução/Fenamad

Segundo a rádio Madre de Dios, Santa Cruz negou trabalhar para alguma madeireira da região. Ele alegou estar sozinho no momento que foi atingido pela flecha, que ficou cravada em seu peito. Ele disse ainda que não tem família na região, e por isso pediu ajuda da população local para os custos do tratamento. O peruano se internou no último dia 5 no Hospital Santa Rosa de Puerto Maldonado para poder retirar a flecha do seu corpo. Apesar da imagem aflitiva, o objeto não causou danos graves e não atingiu órgãos importantes.

A Federação Nativa do Rio Madre de Dios e seus afluentes, Fenamad, emitiu em seu site oficial um comunicado sobre o ocorrido. “A Fenamad tomou conhecimento do caso e deu prioridade ao delicado estado de saúde do ferido, que não tem família na região e não conta com recursos econômicos para cobrir os cuidados médicos. Informamos para as autoridades nacionais e regionais competentes, solicitando a sua imediata intervenção”.

A entidade descobriu de quem partiu o disparo: “Depois de análise dos especialistas, a Fenamad identificou por suas características que a flecha pertence ao povo Mashco Piro no assentamento”.

A Fenamad alertou que episódios como esse comprovam os problemas que precisam ser resolvidos no local. “As situações de emergência por presença de povos indígenas em áreas foras da reserva são constantes, e não existem medidas de proteção efetivas para garantir a vida deles mesmos e de outras pessoas”.

Flecha - Reprodução/Fenamad - Reprodução/Fenamad
Imagem: Reprodução/Fenamad