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Empresa de compartilhamento de bicicletas tenta inovar e quebra após 6 meses

90% das 1.200 bicicletas que a Wukong Bicycle colocou nas ruas foram depredadas - Divulgação/Wukong Bicycle
90% das 1.200 bicicletas que a Wukong Bicycle colocou nas ruas foram depredadas Imagem: Divulgação/Wukong Bicycle

Colaboração para o UOL

22/06/2017 19h29

A bolha do mercado de compartilhamento de bicicletas na China parece ter estourado. Depois de seis meses de operação, a Wukong Bike, que atuava em Chongqing, fechou suas portas. O motivo é o que já era esperado: cerca de 90% das 1.200 bicicletas que a startup colocou nas ruas foram depredadas.

Recentemente, a China passou por uma onda de empresas oferecendo compartilhamento de bicicletas. As pessoas pegam uma bicicleta na rua, usam por determinado tempo, pagam o valor correspondente, e a devolvem. Tudo usando um aplicativo de celular.

O modelo não é exatamente uma novidade, mesmo grandes cidades brasileiras têm. A aposta de cerca de 30 startups chinesas, porém, foi oferecer as bicicletas sem travas ou rastreamento por GPS. Os clientes podem largar a bike em qualquer lugar da rua.

Essas empresas chegaram ao mercado fazendo barulho. Uma delas, a Bluegogo, colocou de uma só vez 70 mil bicicletas azuis nas ruas de Shenzhen. Sem um espaço reservado, essas bikes foram sendo deixadas nas calçadas. A falta de organização fez com que enormes pilhas delas fossem sendo formadas. Há imagens de bicicletas jogadas em rios, colocadas em cima de árvores, ou mesmo depredadas.

O modelo de negócio, claro, já previa perdas com vandalismo e roubos, que seriam compensados pelo custo mais baixo de manutenção, uma vez que não há GPS embutido e nem estações de retirada das bikes. Só que as perdas acabaram sendo muito mais altas do que o previsto. A Wukong que o diga.