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Exército iraquiano proclama vitória contra o Estado Islâmico em Mossul

Foto divulgada pelo escritório de imprensa do primeiro-ministro iraquiano neste domingo (9) mostra o primeiro-ministro iraquiano Haider al-Abadi apertando a mão dos oficiais do exército após sua chegada a Mossul. Abadi declarou vitória na cidade "liberada" de Mossul, informou seu escritório, depois de uma batalha de nove meses contra o grupo terrorista Estado Islâmico - AFP
Foto divulgada pelo escritório de imprensa do primeiro-ministro iraquiano neste domingo (9) mostra o primeiro-ministro iraquiano Haider al-Abadi apertando a mão dos oficiais do exército após sua chegada a Mossul. Abadi declarou vitória na cidade "liberada" de Mossul, informou seu escritório, depois de uma batalha de nove meses contra o grupo terrorista Estado Islâmico Imagem: AFP

Do UOL*, em São Paulo

De Mossul (Iraque)

09/07/2017 10h32


O primeiro-ministro iraquiano, Haider Al-Abadi, proclamou neste domingo (9) a vitória de seu exército em Mossul, cidade "libertada" após uma batalha de quase nove meses contra os extremistas do grupo Estado Islâmico (EI). O anúncio foi feito pelo gabinete do primeiro-ministro em um comunicado.

Abadi "chega a cidade libertada de Mossul e felicita os combatentes heroicos e o povo iraquiano por esta importante vitória", informou o comunicado.
Nesse sábado, o Estado Islâmico havia prometido "lutar até a morte" em Mossul, ao mesmo tempo em que comandantes militares do Iraque afirmavam que podiam retirar totalmente a cidade das mãos dos rebeldes a qualquer momento.

Mossul, retomada pelo Exército iraquiano, em foto deste domingo (9) - Ahmad Al-Rubaye/AFP - Ahmad Al-Rubaye/AFP
Mossul, retomada pelo Exército iraquiano, em foto deste domingo (9)
Imagem: Ahmad Al-Rubaye/AFP

Já ontem, dúzias de soldados iraquianos comemoravam entre os destroços às margens do rio Tigris, sem ainda esperar uma declaração formal de vitória, alguns dançando ao som da música que tocava em um caminhão e atirando metralhadoras para o ar.

O clima estava menos festivo, no entanto, entre os aproximadamente um milhão de habitantes de Mossul deslocados por meses de combates, muitos dos quais estão vivendo em acampamentos no lado de fora da cidade, com pouca proteção do calor do verão.

"Se não houver reconstruções, e as pessoas não voltarem para suas casas e recuperarem seus pertences, qual o significado da libertação?", disse à Reuters Mohammed Haji Ahmed, 43 anos, um vendedor de roupas, no acampamento de Hassan Sham, ao leste de Mosul.

Uma coalizão liderada pelos Estados Unidos forneceu apoio aéreo e terrestre na campanha de quase nove meses para recuperar Mossul, de longe a maior cidade tomada pelo Estado Islâmico, em 2014.

Há quase três anos, o líder do grupo extremista Abu Bakr al-Baghdadi declarou, de Mossul, um "califado", juntando partes do Iraque e da Síria.
 

* Com informações das agências AFP e Reuters