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Putin revela qual era o seu codinome nos tempos de agente secreto

Dmitry Lovetsky/AP
Imagem: Dmitry Lovetsky/AP

Colaboração para o UOL

21/07/2017 14h53

O presidente russo, Vladimir Putin, revelou nesta sexta-feira (21) qual era seu codinome enquanto cursava a academia de inteligência estrangeira da KGB, principal organização de serviços secretos da extinta União Soviética.

Segundo o líder mundial, nessa época ele atendia por "Platov". 

"Como vocês sabem, comecei meu trabalho no serviço de inteligência estrangeira. Nessa época, eu usei alguns pseudônimos tecnológicos. Mas agora é ridículo eu ter de usar um pseudônimo", afirmou Putin, segundo o site Sputnik, enquanto falava do uso de apelidos em redes sociais com crianças sírias de um centro infantil na cidade russa de Sochi. "Claro que eu não teria um apelido [nas redes sociais]... Aliás, seria normal que todo também o fizesse."

Platov é um nome relativamente comum na Rússia. Curiosamente, pertence a uma família histórica de cossacos cujo principal descendente, Matvei Platov, lutou nas Guerras Napoleônicas. De acordo com o presidente, o uso de pseudônimos era comum na escola de inteligência "porque o trabalho pressupõe um certo nível de conspiração", explicou.

Ainda segundo Putin, que afirmou não ter qualquer conta em redes sociais, existem mais de 5 mil contas, online, usando seu nome. "Não tenho relação alguma com qualquer uma delas, só para esclarecer isso para vocês e outros usuários", disse. "Não sou eu escrevendo sob o meu nome. Espero que não digam coisas ruins, mas de qualquer forma, não sou eu", reforçou.

Como conclusão, o presidente russo voltou a mostrar que não acredita na utilidade de alter-egos virtuais. "Para mim, se uma pessoa faz algo digno, interessante, algo do qual se orgulhar, por que esconder-se atrás de um pseudônimo?", indagou.

Vladimir Putin foi oficial da KGB por 16 anos, aposentando-se da carreira militar com a patente de tenente-coronel, em 1991, para dedicar-se à política. Segundo ele, seu trabalho durante o período de serviços concentrou-se sempre na área de inteligência estrangeira. Em foto histórica, é possível vê-lo disfarçado como um turista, acompanhando a visita do então presidente norte-americano Ronald Reagan à Rússia.