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Trump ataca secretário de Justiça e sugere envolvimento da Ucrânia na eleição

24.jul.2017 - O presidente dos EUA, Donald Trump, durante evento na Virgínia Ocidental - Carolyn Kaster/ AP
24.jul.2017 - O presidente dos EUA, Donald Trump, durante evento na Virgínia Ocidental Imagem: Carolyn Kaster/ AP

Do UOL, em São Paulo

25/07/2017 08h03

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a atacar a investigação sobre a suposta interferência russa na eleição presidencial do ano passado nos EUA, criticando o secretário de Justiça norte-americano, Jeff Sessions, por não investigar sua adversária na corrida presidencial e citando, sem apresentar provas, um suposto papel da Ucrânia.

Em mensagens publicadas no Twitter no início da manhã, Trump disse que Sessions, que também ocupa o posto de procurador-geral, "tomou uma posição muito fraca" com relação à candidata democrata Hillary Clinton, e citou "esforços ucranianos para sabotar a campanha Trump - trabalhando silenciosamente para ajudar Clinton".

A Casa Branca já havia feito menções ao suposto envolvimento da Ucrânia na campanha democrata. Na segunda-feira da semana passada, dia 17, a Casa Branca disse  que os democratas se uniram à Ucrânia nas eleições de 2016, usando o mesmo argumento de acusadores no escândalo pelos contatos do presidente americano, Donald Trump, com a Rússia.

O então porta-voz da Casa Branca Sean Spicer repetiu as acusações de que um democrata se reuniu com funcionários da embaixada da Ucrânia durante a campanha.

Spicer se referiu a várias notícias de veículos conservadores, que alegam que o democrata buscou material comprometedor sobre o então diretor de campanha de Trump, Paul Manafort.

As acusações vieram à tona pela primeira vez em janeiro.

Spicer alegou que o conluio aconteceu para "conseguir que alguém fosse removido, o que finalmente ocorreu".

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Manafort deixou seu posto em agosto de 2016, já que as perspectivas eleitorais de Trump pareciam sombrias. Na época surgiram detalhes de seus próprios negócios com líderes pró-Kremlin na Ucrânia.

Um representante de mídia pró-Trump perguntou a Spicer se o problema ocorreu quando o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, visitou a Casa Branca em junho. Spicer respondeu que não sabia, mas afirmou que "o conluio do Comitê Nacional Democrata (DNC, na sigla em inglês) com o governo ucraniano definitivamente recebeu muito mais atenção desde essa reunião".

Adrienne Watson, do DNC, acusou o governo de querer desviar a atenção. "A Casa Branca promoveu essa narrativa para desviar a atenção da vontade da campanha de Trump de trabalhar com um governo estrangeiro hostil para interferir em nossas eleições. Ninguém acredita".

Os comentários acontecem dias depois da confissão de Donald Trump Jr. de que ele e outros dois assessores de Trump se reuniram com pessoas ligadas ao Kremlin em busca de informações comprometedoras sobre a candidata presidencial Hillary Clinton.

Em uma declaração, a embaixada da Ucrânia em Washington negou as acusações de "conluio" com os democratas contra a campanha de Trump.

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