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EUA aplicam sanções contra 13 funcionários e ex-funcionários do governo da Venezuela

Tibisay Lucena (centro), presidente do CNE (Conselho Nacional Eleitoral) da Venezuela, foi alvo das sanções - EFE
Tibisay Lucena (centro), presidente do CNE (Conselho Nacional Eleitoral) da Venezuela, foi alvo das sanções Imagem: EFE

Do UOL, em São Paulo

26/07/2017 15h51

Os Estados Unidos aplicaram sanções contra 13 funcionários e ex-funcionários da Venezuela, incluindo os ministros da Educação, Elías Jaua, e do Interior, Néstor Reverol, e a presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Tibisay Lucena, disse nesta quarta-feira (26) o Departamento do Tesouro. Os tipos de sanções aplicadas não foram detalhadas.

As sanções apontam para funcionários atuais ou anteriores "associados às eleições ou por violar a democracia, assim como a violência generalizada contra manifestantes da oposição, e a corrupção", assinalou o Tesouro.

Jaua e Lucena foram incluídos na lista por se mobilizar "ativamente" em apoio à Assembleia Constituinte convocada pelo presidente Nicolás Maduro e por "minar a democracia e os direitos humanos na Venezuela".

Por essa mesma razão foram sancionados Tarek William Saab, defensor público, e Iris Varela, membro da comissão presidencial preparatória da Assembleia Constituinte.

Simultaneamente, em teleconferência, um funcionário do Tesouro enviou um alerta claro: "quem decidir se juntar à Assembleia Constituinte estará minando as instituições e ficará exposto a potenciais sanções americanas".

Cinco outras pessoas foram sancionadas por sua relação com atos de repressão e violência.

São Néstor Reverol (ministro do Interior e Justiça), Carlos Pérez Ampueda (diretor da Polícia Nacional Bolivariana, PNB), Sergio Rivero (comandante-geral da PNB), Jesús Suárez (comandante da PNB) e Franklin García (ex-diretor da PNB).

Finalmente, outras quatro pessoas foram incluídas no pacote de sanções por atos de corrupção.

Neste grupo estão Rocco Albissini (presidente do Centro de Comércio Exterior), Alejandro Fleming (vice-ministro da chancelaria para Europa), Simón Zerpa (vice-presidente financeiro da estatal Pdvsa) e Carlos Malpica (ex-tesoureiro da Pdvsa).

Eventuais bens que estas pessoas tenham nos Estados Unidos ficarão congelados pelo Tesouro. Além disso, estas pessoas estão proibidas de fazer acordos comerciais com cidadãos americanos.