Grande júri vai analisar acusações de envolvimento russo nas eleições dos EUA, diz jornal
O conselheiro especial Robert Mueller convocou um grande júri em Washington para investigar as alegações de interferência da Rússia nas eleições de 2016, disse o "Wall Street Journal "nesta quinta-feira (3), citando duas pessoas familiarizadas com o assunto.
O grande júri iniciou seu trabalho nas últimas semanas e é um sinal de que o inquérito de Mueller sobre os esforços da Rússia para influenciar as eleições e se houve conluio com a campanha do presidente Donald Trump está crescendo, disse o jornal.
Segundo a Reuters, intimações de grande júri foram emitidas em relação a um encontro de junho de 2016 que incluiu o filho do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o genro do presidente e uma advogada russa.
A Rússia ofuscou grande parte dos seis primeiros meses de Trump na Presidência. Agências de inteligência dos Estados Unidos concluíram que a Rússia trabalhou para inclinar a eleição presidencial a favor de Trump. Mueller, que foi nomeado conselheiro especial em maio, está liderando a investigação, que também analisa possível conspiração entre a campanha de Trump e a Rússia.
Moscou nega qualquer envolvimento e Trump nega qualquer conspiração de sua campanha, enquanto denuncia frequentemente as investigações como caças às bruxas política.
O uso de Mueller de um grande júri pode lhe dar ferramentas extensas para buscar evidências, incluindo emitir intimações e obrigar testemunhas a prestarem declarações. A formação do grande júri foi relatada primeiro pelo Wall Street Journal.
Um porta-voz de Mueller se negou a comentar.
Um grande júri é um grupo de cidadãos comuns que, trabalhando a portas fechadas, considera evidências de possíveis atos irregulares criminais que um procurador está investigando e decide se acusações devem ser feitas.
"Este é um desenvolvimento sério na investigação de Mueller", disse Paul Callan, um ex-procurador.
"Dado que Mueller herdou uma investigação que começou meses atrás, isto sugeriria que ele descobriu informações apontando na direção de acusações criminais. Mas contra quem é a pergunta real."
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