Polícia impede entrada de deputados opositores no parlamento da Venezuela
A Guarda Nacional Bolivariana, responsável pela segurança do Palácio Legislativo da Venezuela, impediu nesta terça-feira (8) a entrada dos deputados opositores no parlamento depois de os representantes da Assembleia Nacional Constituinte terem entrado à força para tomar o controle do prédio.
"Não nos deixam entrar no Palácio Federal Legislativo. Esse governo invade os espaços já que não é capaz de ganhá-los legitimamente", disse o deputado Stalin González, um dos líderes da oposição, que controla dois terços do parlamento.
A Assembleia Nacional Constituinte, eleita há pouco mais de uma semana em um polêmico pleito, tomou o controle da sede legislativa tendo como base o fato de ter poderes supremos sobre as demais instituições da Venezuela.
O Congresso, que fará uma sessão na quarta-feira (9), denunciou que a presidente da Constituinte, Delcy Rodríguez, e outros integrantes desse órgão questionado assumiram o poder na noite de segunda, com apoio de militares, do salão de sessões do Legislativo depois de forçar as portas.
"ALERTA: Assaltado Hemiciclo Protocolar de Sessões da Assembleia Nacional", informou o Legislativo no Twitter.
Segundo o comunicado, Delcy Rodríguez, e outros integrantes do grupo "forçaram" a entrada com o aval do coronel Bladimir Lugo, chefe militar encarregado de proteger o local.
Rodríguez disse em recente entrevista que o Parlamento e a Assembleia Constituinte conviveriam no Palácio Legislativo.
Tentando reorganizar suas forças depois da instalação da Constituinte, a oposição convocou que todas as ruas do país sejam bloqueadas para prosseguir com os protestos iniciados há quatro meses contra o presidente Nicolás Maduro, deixando um balanço de 125 mortos.
"Não deixaremos as ruas porque o povo tem razões de sobra para protestar contra a ditadura", disse o deputado opositor Freddy Guevara, vice-presidente do Parlamento.
A oposição ignora a Constituinte, que considera um instrumento de Maduro para se perpetuar no poder, e nesta segunda-feira aprovou um acordo no qual desconhece as primeiras decisões dos constituintes, inclusive a destituição da procuradora-geral, Luisa Ortega.
A Constituinte de Maduro também não é reconhecida por Estados Unidos, pelos governos de vários países latino-americanos e pela União Europeia.
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