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Furacão Irma deixa ao menos sete mortos ao passar por ilhas caribenhas

Do UOL, em São Paulo

06/09/2017 18h00Atualizada em 06/09/2017 21h48

Ao menos seis mortes foram registradas na parte francesa da ilha de Saint Martin após a passagem do furacão Irma, informou nesta quarta-feira (6) Eric Maire, prefeito do departamento francês de Guadalupe. O premiê de Antigua e Barbuda também informou que pelo menos 90% das estruturas de uma das ilhas do país foram destruídas ou afetadas pela passagem do furacão e ao menos uma pessoa morreu.

A velocidade dos ventos do Irma atingiu 300 quilômetros por hora na manhã desta quarta-feira, o que o coloca na Categoria 5, patamar mais elevado da escala Saffir Simpson, de cinco níveis.

O prefeito de Saint Martin afirmou que as autoridades só conseguiram sair no meio da manhã por conta da força do vento, e a ilha toda ainda não foi vistoriada. Por isso, o número de vítimas deve aumentar. O Aeroporto Internacional Princesa Juliana, da ilha de Saint-Martin, o terceiro com maior número de passageiros do Caribe, foi devastado durante a passagem do furacão. 

Meios de comunicação regionais relataram os graves danos sofridos pela infraestrutura, com pontes de embarque destroçadas e uma pista inutilizada pelo acúmulo de detritos, areia e água. As comunicações estão interrompidas em grande parte desse território caribenho e ainda não começaram os trabalhos de reconstrução dos danos, que ainda precisam ser quantificados.

"Teremos que lamentar vítimas", disse o presidente francês, Emmanuel Macron. Segundo ele, cabe esperar um "balanço duro e cruel" na ilha franco-holandesa de Saint Martin e na francesa de Saint Barth. "É cedo demais para dar um balanço preciso", afirmou Macron após visitar a célula de crise, montada no ministério do Interior. "Os danos materiais nas duas ilhas são consideráveis", acrescentou. Segundo Macron, um "plano de reconstrução será implantado o mais cedo possível" nas duas ilhas.

Na vizinha Saint Barth, os bombeiros tiveram que se proteger no primeiro andar de sua própria sede porque a inundação ficou acima de um metro. As informações até o momento são de que muitas casas foram danificadas, com telhados arrancados. Há também um blecaute geral por causa do colapso do sistema elétrico.

90% da ilha destruída

Antígua e Barbuda foi uma das ilhas que primeiro sofreu a força do furacão Irma. Os relatórios iniciais indicam que os danos foram grandes. A passagem do furacão provocou a destruição de inúmeras residências e danos a infraestruturas, informou nesta quarta-feira o primeiro-ministro de Antígua e Barbuda, Gaston Browne.

O premiê visitou uma das duas ilhas que dão nome ao pequeno país caribenho para avaliar de perto os danos causados pelo fenômeno climático. Browne disse à rede de televisão local "ABS" que Irma danificou severamente grande parte das residências de Barbuda.

De acordo com o Centro Nacional de Furacões (CNH) dos Estados Unidos, Irma se desloca na direção oeste-noroeste a uma velocidade de 26 km/h com ventos de até 295 km/h. Após devastar Saint Barth e Saint Martin, segue para Porto Rico e Haiti.

Três furacões no Atlântico

As tempestades tropicais "José" e "Katia" se transformaram nesta quarta-feira em furacões de categoria 1 na baía atlântica e se somaram ao poderoso furacão "Irma", informou o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC). "José" se encontra em águas abertas do oceano Atlântico e poderia seguir a esteira de "Harvey" no seu rumo ao Caribe, enquanto "Katia" se formou no sudoeste do Golfo do México.