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Kim diz que ameaça de Trump foi "declaração feroz de uma guerra" e o chama de "perturbado"

Reprodução/KCNA
Imagem: Reprodução/KCNA

Do UOL, em São Paulo

21/09/2017 19h41

O líder norte-coreano, Kim Jong Un, disse na sexta-feira (horário local) que seu país vai considerar a "contramedida linha dura de maior nível na história" contra os Estados Unidos, em resposta à ameaça do presidente dos EUA, Donald Trump, de "destruir totalmente" a Coreia do Norte.

Ao chamar Trump de "mentalmente perturbado" e seus comentários de "a declaração mais feroz de uma guerra na história", Kim disse que o discurso do norte-americano na ONU na terça-feira confirmou que o programa nuclear de Pyongyang está no "caminho correto".

"Suas declarações ... me convenceram, ao invés de me assustar ou me parar, de que o caminho que eu escolhi está correto e que é esse o que tenho que seguir até o final", disse Kim em declaração rara divulgada pela agência de notícias oficial KCNA.

"Como um homem que representa a RPDC e em nome da dignidade e da honra do meu Estado e do meu povo e por minha conta, farei com que o homem que tem a prerrogativa do comando supremo nos EUA pague caro por seu discurso", disse Kim, referindo-se ao nome oficial da Coreia do Norte, República Popular Democrática da Coreia.

Kim disse que Trump enfrentaria "resultados além de sua expectativa", sem especificar qual seria a ação da Coreia do Norte. "Eu segura e definitivamente domarei o mentalmente, perturbado americano senil com fogo", disse Kim na rara afirmação direta, referindo-se a Trump.

Em seu primeiro discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, Trump disse que se os Estados Unidos "forem forçados a se defender ou a seus aliados, não haverá outro remédio que destruir totalmente a Coreia do Norte". O discurso de Trump ocorreu após meses de tensão entre EUA e Coreia do Norte pelos programas nuclear e balístico de Pyongyang, que desafia as sanções da ONU.

Kim, chamado por Trump de "homem foguete", também criticou o "comportamento mentalmente transtornado do presidente americano, expressando abertamente no terreno da ONU a vontade antiética de "destruir totalmente" um estado soberano.

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