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Americano toma tiro no pescoço ao salvar garotas e ganha fama de herói em Las Vegas

Jonathan Smith vem sendo chamado de herói por sua atuação em Las Vegas - Reprodução/Twitter/Heather Long
Jonathan Smith vem sendo chamado de herói por sua atuação em Las Vegas Imagem: Reprodução/Twitter/Heather Long

Colaboração para o UOL

03/10/2017 10h23

Jonathan Smith nunca se esquecerá da noite do último domingo (1). O americano de 30 anos é um dos sobreviventes do ataque ao show de Jason Aldean,em Las Vegas. Em um ato que foi descrito pela imprensa norte-americana como heroico, ele levou um tiro enquanto salvava outras pessoas.

Smith havia ido ao Route 91 Harvest Country Music Festival em Las Vegas para comemorar o 43º aniversário do seu irmão, Louis Rust, fã de música country. Os dois haviam comprado lugares próximos ao palco para o show de Jason Aldean, grande atração da noite.

O técnico de máquinas de copiar contou ao jornal americano Washington Post que, quando os tiros começaram, ele achou que eram fogos de artifício. Os irmãos lembram que, a princípio, a música continuou até que Aldean olhou para seus seguranças e correu. Depois, as luzes se apagaram.

Eles estavam em nove. Quando Rust entendeu o que estava acontecendo, pediu que todos segurassem as mãos e corressem. Smith contou ao jornal que estava focado em salvar suas sobrinhas, de 22, 18 e 17 anos, mas elas se separaram na multidão. Ele diz que ninguém sabia o que fazer. "Atirador! Atirador! Vamos embora!", gritava, em meio à multidão.

Em um ato heroico, agarrou algumas pessoas e mandou que elas o seguissem rumo ao estacionamento. Eles se esconderam atrás dos carros parados.
"Tirei algumas pessoas de lá", contou Smith, ao jornal. "Podíamos ouvir os tiros. Parecia que vinham de toda a Las Vegas Boulevard.”

Em determinado momento, ele notou que algumas garotas não estavam bem escondidas e tentou ajudá-las. Foi quando ele levou um tiro na área do pescoço.

"Não conseguia sentir nada no pescoço. Meu braço estava quente, com uma sensação esquisita", relatou Smith, enquanto ainda estava no Sunrise Hospital, na tarde da última segunda-feira (2).

Por enquanto, a bala não será removida. Os médicos têm medo que isso possa causar algum efeito colateral. “Talvez eu viva com ela pelo resto da vida”, afirmou Smith.

O herói conta que é provável que um policial à paisana de San Diego tenha salvado a sua vida. Depois do tiro, o oficial foi ao seu encontro e ajudou a estancar o sangramento enquanto procurava por uma carona para leva-lo ao hospital.

Mesmo sangrando, o policial continuava a dizer que ia ficar tudo bem. “Eu realmente não queria morrer”, disse Smith.

A salvo, no hospital, veio a melhor notícia: suas sobrinhas, assim como o resto da família, estavam a salvo.