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Atirador de Las Vegas instalou câmeras dentro e fora do quarto do hotel, diz polícia

Pertences deixados para trás pelas vítimas durante o atentado contra o festival de música country com mais de 22 mil pessoas em Las Vegas; local é tratado como cena de crime - Drew Angerer/Getty Images/AFP
Pertences deixados para trás pelas vítimas durante o atentado contra o festival de música country com mais de 22 mil pessoas em Las Vegas; local é tratado como cena de crime Imagem: Drew Angerer/Getty Images/AFP

Do UOL, em São Paulo

03/10/2017 17h57Atualizada em 03/10/2017 19h04

A polícia de Las Vegas confirmou nesta terça-feira (3) que o atirador que promoveu o pior ataque com armas de fogo nos EUA abriu fogo durante 9 minutos, até ser contido. Ele também instalou câmeras dentro e fora do quarto, supostamente para acompanhar a chegada da polícia. A polícia, entretanto, não confirma se foram ou não encontradas imagens.

Oficialmente, ainda não há qualquer pista da motivação de Stephen Paddock, 64, para atacar o público de um festival de música country em Las Vegas na noite de domingo. O que se sabe é que o ataque foi extensivamente premeditado. Mais sete armas e um grande arsenal de munição foram encontrados pela polícia em uma segunda residência --além das 42 já recuperadas no quarto do hotel e da casa em que ele morava atualmente.

Segundo o xerife de Las Vegas, Joseph Lombardo, o ataque foi "obviamente premeditado". "O atirador avaliou tudo o que fez, o que é problemático", disse. O chefe da polícia ainda confirmou que Paddock pediu serviço de quarto durante sua estada no hotel, entre 28 de setembro e 1º de outubro.

Ele disse ainda que autoridades já estão em contato com a namorada do suspeito --ela não é considerada suspeita, mas "de interesse" da investigação. Diferentemente do informado na véspera, quando Lombardo afirmou que ela estaria no Japão, o policial disse que ela efetivamente está nas Filipinas.

O xerife foi perguntado sobre a informação dada pela rede de televisão "NBC" sobre uma transferência de US$ 100 mil feita por Paddock na semana passada para uma conta nas Filipinas, país onde Danley nasceu e onde está atualmente. "Não vamos comentar isso por enquanto, mas atualizaremos essa informação em breve. A investigação não acabou com a morte de Paddock", afirmou.

Segundo o xerife, o primeiro a tentar enfrentar o atirador foi um segurança do hotel. Ele chegou a recuar até que a equipe da Swat chegasse ao local. Agora, parte dos trabalhos da investigação envolve assistir aos registros das 67 câmeras que os policiais que participaram da operação portavam no momento da ocorrência, de imagens de segurança do hotel e outros dados.

Lombardo afirmou que, dos 59 mortos, apenas três vítimas não foram identificadas. Ele disse ainda que a capacidade das equipes para receber doações chegou ao limite --agradecendo os esforços e pedindo a compreensão de todos.

"Esta pessoa se radicalizou sem que tivéssemos conhecimento disso? Estamos tentando responder essa pergunta", reconheceu Lombardo, referindo-se ao atirador. (Com agências internacionais)