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Egito vai construir mausoléu em homenagem às vítimas de ataque a mesquita

Feridos após ataque contra mesquita na última sexta-feira - AFP Photo
Feridos após ataque contra mesquita na última sexta-feira Imagem: AFP Photo

Do UOL, em São Paulo

25/11/2017 10h28

O presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, pretende construir um "mausoléu gigante" próximo à mesquita Al-Rawda, em Bir al-Abd, na região do Sinai, em homenagem "à memória dos mártires do atentado terrorista", informou neste sábado (25) uma fonte oficial à agência de notícias de Estado Mena.  

O ataque mais mortal no país nos últimos anos deixou ao menos 305 mortos, entre eles 27 crianças que acompanhavam seus pais às orações de sexta-feira, dia sagrado para os muçulmanos, segundo último balanço oficial divulgado pela Procuradoria-Geral. Outras 128 pessoas ficaram feridas. 

O atentado ainda não foi reivindicado por nenhum grupo terrorista, porém, de acordo com a Procuradoria, os jihadistas que realizaram o massacre carregavam "a bandeira do Estado Islâmico".

As autoridades informaram que entre "25 e 30" homens participaram do massacre "a bordo de cinco carros 4x4".   

Sangue na mesquita - Mohamed Soliman/Reuters - Mohamed Soliman/Reuters
Imagem: Mohamed Soliman/Reuters

Bombardeios contra terroristas

Apesar de não haver confirmação de quem fez o ataque, tudo indica que seja um grupo que se dia aliado do EI e que, há quase cinco anos, está em confronto com forças do Egito na região. Como resposta ao atentado, o país começou uma série de ataques em bases desse grupo.   

"As Forças de Ordem prosseguem com atividades de bombardeamento aéreo nas bases dos terroristas em busca dos autores", diz uma nota divulgada pelas Forças Aéreas. O comunicado informa ainda que "foram destruídos os carros dos terroristas" e mortos "todos os passageiros".   

Também foram destruídos "diversos esconderijos dos terroristas que continham armas e munições".

Luto de três dias

"Terrorismo na casa de Deus", era lido neste sábado nos meios de comunicação, que adotaram tarjas pretas como sinal de luto. Os funerais de alguns mortos devem acontecer ainda neste sábado.

No final da manhã, todas as mesquitas do país dedicarão a oração aos "mártires" desse ataque, anunciou a imprensa.

Parentes das vítimas se apressavam ao hospital de Ismailia, uma cidade perto do canal de Suez, no nordeste do país, para onde os feridos foram transportados.

(Com agências internacionais)