Trump está aberto a diálogo direto com a Coreia do Norte, diz Casa Branca
O presidente Donald Trump disse ao presidente da Coreia do Sul que está disposto a conversar diretamente com a Coreia do Norte, informou a Casa Branca nesta quarta-feira (10). Durante telefonema com o sul-coreano Moon Jae-In, Trump disse que poderia falar com Kim Jong-un "no momento apropriado e sob circunstâncias apropriadas".
Os dois líderes destacaram a importância de continuar aplicando a máxima pressão à Coreia do Norte por causa de seu programa nuclear, segundo um comunicado da Casa Branca. Um dia depois que as duas Coreias realizaram suas primeiras conversas em mais de dois anos, Trump disse ainda que não haverá ações militares enquanto as conversas estiverem em andamento, segundo comunicado sul-coreano.
Por outro lado, o presidente sul-coreano negou que Seul esteja planejando suspender provisoriamente algumas das sanções que aprovou contra Pyongyang devido a seu programa nuclear e de mísseis. "Por enquanto, não temos nenhum plano para aliviar as nossas sanções unilaterais contra a Coreia do Norte, ativadas de maneira conjunta com as sanções internacionais", assegurou.
Na terça-feira, as duas Coreias concordaram em realizar conversações militares numa tentativa de reduzir as tensões e reabrir uma linha direta militar que foi cortada em 2016. Além disso, a comunidade internacional também saudou o acordo que permite que Pyongyang envie atletas aos Jogos Olímpicos de Inverno na cidade sul-coreana de Pyeongchang, em fevereiro. A Coreia do Norte havia boicotado os Jogos Olímpicos de Seul, em 1988.
Moon tem apoiado uma aproximação com a Coreia do Norte, mas os testes nucleares e de mísseis de Pyongyang obrigaram Seul a buscar amparo em Washington para exercer pressão internacional sobre o regime norte-coreano. Há quem diga em Washington que a sinalização de aproximação de Kim é apenas uma tentativa de distanciar a Coreia do Sul dos EUA.
No fim de semana, Trump reivindicou créditos pela reativação das conversações na península coreana. "Se eu não tivesse envolvido, eles não estariam falando sobre as Olimpíadas agora. Eles não estariam conversando", disse o presidente. (Com agências internacionais)
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