Estupro e assassinato de menina de 7 anos provocam fúria e protestos no Paquistão
A cidade de Kasur, no leste do Paquistão, está paralisada nesta quinta-feira (11), com mercados fechados e estradas bloqueadas por centenas de pessoas que protestam pelo segundo dia seguido por conta do estupro e assassinato de uma menina de 7 anos.
A garota, identificada como Zainab Ansari, desapareceu na quinta-feira passada quando estava sob os cuidados de um tio enquanto seus pais viajavam para a Arábia Saudita em uma peregrinação religiosa. Na quarta (10), o corpo apareceu no lixo e, segundo exame preliminares, ela sofreu abusos sexuais antes de morrer. A polícia investiga o crime.
A aparição do corpo da criança causou a ira dos habitantes de Kasur, uma cidade que viveu vários episódios e escândalos de abusos a menores nos últimos anos.
Nos protestos de quarta, onde algumas pessoas pediam a execução pública do assassino da menina, dois manifestantes morreram em enfrentamentos com a polícia.
A polícia de Kasur afirmou à agência EFE que a manhã desta quinta-feira registrou alguns atos de vandalismo, como a destruição de vitrines de lojas, em protesto pela suposta inação das forças policiais perante os assassinatos de pessoas. "A situação é crítica, mas está sob controle", disse um porta-voz, enquanto o principal protesto se mantém diante do maior hospital da cidade.
A polícia disse que foram apresentadas denúncias contra três policiais pelo assassinato dos dois manifestantes, que faziam parte de um grupo que supostamente tentou atacar escritórios governamentais da cidade e foi contido com disparos.
Shehbaz Sharif, chefe de Governo da província do Punyab, onde Kasur está localizada, visitou nesta quinta os pais da menina e lhes prometeu que os culpados "receberão o maior castigo", informou a administração provincial em sua conta do Twitter.
Recentemente, a cidade de Kasur viveu vários episódios e escândalos de abusos a menores.
"Existem seis ou sete casos parecidos nas delegacias em que crianças foram sequestradas, assassinadas e apareceram no lixo. Há um caso assim a cada um ou dois meses", afirmou à EFE Mohamed Usman, porta-voz da polícia.
Em agosto de 2015, foi revelado um escândalo de pedofilia em que 19 menores foram gravados vídeos e fotografias por uma rede formada por 17 pessoas no povoado de Ganda Singh Wala, na área de Kasur.
Em abril de 2016, um tribunal antiterrorista condenou à prisão perpetua a dois acusados por esse caso.
Após esse escândalo, em março de 2016, o Paquistão converteu em delito os abusos sexuais a menores e pornografia infantil, crimes castigados com penas de até sete anos de prisão e que antes não tinham punição. (Com EFE)
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