Kim Jong-un convida sul-coreano para reunião; Moon pede diálogo entre o regime e os EUA
O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, convidou neste sábado (10), por carta, o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, para se reunir com ele em Pyongyang "o mais breve possível", informou a presidência da Coreia do Sul.
A carta foi entregue a Moon pela delegação do Norte que se reuniu com ele hoje em Seul e onde estava presente a irmã do líder norte-coreano, Kim Yo-jong, e Kim Yong-nam, chefe de Estado cerimonial de Pyongyang. Ambos acompanharam juntos de Moon a cerimônia de abertura dos Jogos de Olímpicos de Inverno na cidade sul-coreana de Pyeongchang, na sexta-feira (9).
Kim, que também é diretora de propaganda e membro do partido único norte-coreano, entregou a Moon uma carta manuscrita de seu irmão, onde Kim Jong-un expressa seu "desejo de melhorar as relações" entre os dois países.
"Nós acreditamos nas condições necessárias para que [essa reunião] se torne realidade", respondeu Moon, segundo o porta-voz da Casa Azul (palácio do governo sul-coreano).
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Diálogo entre Coreia do Norte e EUA
O encontro, que foi seguido de um almoço, começou às 11h (horário local, 0h de Brasília) no palácio presidencial de Seul.
Durante a reunião, Moon Jae-in pediu que a Coreia do Norte busque retomar o diálogo com os Estados Unidos para reduzir as tensões entre os dois países, segundo o governo sul-coreano. Eles conversaram sobre "vários aspectos relacionados com as relações intercoreanas e sobre a situação geral na península coreana", de acordo com Seul.
Até o momento, aconteceram apenas dois encontros entre os líderes das Coreias, ambas em Pyongyang, em 2000 e 2007. Elas envolveram o ex-líder e pai de Kim Jong-un, Kim Jong-il, e os ex-presidentes do Sul Kim Dae-jung e Roh Tae-woo.
Embora tinha dito que Kim Yo-jong estava incluída na delegação norte-coreana que viajou para o Sul aproveitando o início dos Jogos Olímpicos de Inverno, o porta-voz sul-coreano afirmou hoje que ela viajou na qualidade de "enviada especial" do líder.
A viagem dos norte-coreanos ao Sul foi possivelmente o momento de maior aproximação entre as duas Coreias desde o armistício na península, em 1953, ilustrado pelas inéditas visitas de um chefe de Estado norte-coreano e um membro da dinastia Kim ao Sul.
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