Kim Jong-un convida Trump para encontro, e presidente norte-americano aceita
Donald Trump aceitou um convite histórico da Coreia do Norte para se encontrar com o líder norte-coreano Kim Jong-un em maio. O anúncio oficial sobre o convite foi feito na noite desta quinta-feira (8) pelo chefe do Escritório de Segurança Nacional da Coreia do Sul, Chung Eui-yong, falando da Casa Branca.
Chung Fui-youn lidera uma delegação que se encontrou com Jong-un no começo da semana e depois, às pressas, viajou aos Estados Unidos para se encontrar com Trump. O convite do norte-coreano foi feito por meio de uma carta entregue por essa delegação, na qual ele também se compromete em suspender o programa nuclear de seu país.
No anúncio, Fui-youn não detalhou onde acontecerá a reunião nem se ela será bilateral ou envolverá também o presidente da Coreia do Sul, MoonJae-in, mas a notícia representa um ponto de virada significativo. A decisão de Trump de aceitar um encontro para abrir o diálogo contrasta com seus discursos beligerantes contra Jong-un, a quem chamou de "Rocket Man" (homem foguete) por diversas vezes em 2017.
Nenhum presidente dos EUA se encontrou com um líder norte-coreano na história - Bill Clinton chegou a se encontrar com o pai de Kim Jong-un, Kim Jong-il, em 2009, quando já havia deixado o poder.
Mudança de postura
O convite é feito após uma sequência de demonstrações de reaproximação diplomática com a Coreia do Sul por parte do ditador norte-coreano. Desde o começo de 2018, autoridades das duas Coreias se encontraram na fronteira, atletas do Norte participaram da Olimpíada de Inverno em PyeongChang e, num ato histórico, a irmã de Jong-un encontrou-se com o presidente sul-coreano, Moon Jae-in.
A última das iniciativas de aproximação entre as duas Coreias foi o anúncio, nesta terça-feira (6), de uma cúpula a ser realizada pelos dois países em armistício desde 1953. O encontro acontecerá em uma vila fronteiriça localizada no interior da zona desmilitarizada de Panmunjom.
Em ocasiões anteriores, Trump disse que apenas aceitaria dialogar com a Coreia do Norte caso Jong-un suspendesse seu programa nuclear - como prometeu agora. Em 2017, o país disparou ao todo 23 mísseis em 16 testes. Algumas dessas armas teriam a capacidade de atingir o território norte-americano. Os Estados Unidos, por sua vez, afirmaram manter os exercícios militares previstos para serem feitos com a Coreia do Sul.
Falando da Casa Branca, Chung Eui-yong parabenizou a "liderança" e a "política de pressão máxima" de Trump.
O grande anúncio é feito no mesmo dia em que Donald Trump aumentou as taxas de importação de metais, como o aço, dando início ao que pode se tornar uma guerra comercial com a União Europeia.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.