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Brasileiro é condenado por terrorismo pela Justiça espanhola

Kaique Ribeiro Guimarães durante o julgamento pela acusação de terrorismo na Espanha - Efe
Kaique Ribeiro Guimarães durante o julgamento pela acusação de terrorismo na Espanha Imagem: Efe

Do UOL, em São Paulo

11/04/2018 11h40Atualizada em 11/04/2018 14h59

Um brasileiro está entre os dez condenados pela Justiça espanhola por fazer parte de uma célula terrorista. O grupo, preso em 2015, planejava realizar atentados terroristas em pontos turísticos de Barcelona. 

Entre os presos, com idade entre 22 e 48 anos, estão ainda quatro espanhóis e quatro marroquinos. A nacionalidade do outro integrante não foi revelada. A condenação diz ainda que o grupo planejava sequestrar uma pessoa e filmar a execução dela. Segundo a investigação, o grupo se autodenomina "Fraternidade Islâmica" e possui relação com o grupo extremista Estado Islâmico.

A decisão judicial publicada na terça-feira (10) não cita o nome do cidadão brasileiro. Mas as agências de notícias Efe e Europa Press identificam o brasileiro como Kaique Luan Ribeiro Guimarães, morador de Terrassa, subúrbio de Barcelona. Kaique recebeu uma pena de 8 anos de prisão.

Conhecido entre os radicais islâmicos como Hakim, Kaique nasceu na cidade de Formosa, em Goiás, e era investigado por frequentar reuniões de grupos radicais islâmicos nos arredores de Barcelona. Ele foi preso em dezembro de 2014 na fronteira da Bulgária com a Turquia enquanto tentava seguir para a Síria com marroquinos. A sentença afirma que o grupo pretendia constituir uma célula do Estado Islâmico em Barcelona --antes dos ataques na região no ano passado.

Em entrevista ao Fantástico em 2015, por meio de sua mãe, Maura, Kaique negou qualquer ligação com o Estado Islâmico.

Procurado pelo UOL, o Itamaraty afirmou que o Consulado-Geral do Brasil em Madri acompanha o caso desde a prisão de Kaique. A chancelaria afirmou que foram feitas visitas ao brasileiro, verificando o seu estado de saúde e mantendo contato com a sua família. Segundo o Itamaraty, Kaique tinha advogado particular, e o órgão não poderia dar informações relacionadas ao caso em respeito à privacidade do cidadão brasileiro.

(Com agências internacionais)