1º de maio: Cuba tem desfile com novo presidente, Turquia prende 50 e França protesta contra Macron
Desfile encabeçado pelo novo presidente em Cuba, protestos massivos contra as reformas propostas pelo presidente Emmanuel Macron na França e prisão de mais de 50 manifestantes na Turquia foram alguns destaques pelo mundo neste Dia Internacional do Trabalho em 2018.
Em Havana, a capital cubana, as celebrações desta terça-feira (1º) foram conduzidas pelo presidente Miguel Díaz-Canel, que assumiu o poder na ilha em 19 de abril. Mas o antecessor, Raúl Castro, também esteve no palanque na Praça da Revolução.
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Diferentemente de Fidel, que costumava fazer longos discursos no evento, Díaz-Carnel seguiu a estratégia que havia sido adotada por Rául Castro, passando o microfone para os líderes sindicais do país.
O secretário-geral da Central de Trabalhadores de Cuba (CTC), Ulises Guilarte, fez um discurso em que destacou o apoio à atualização do modelo econômico e social de Cuba. A fala é emblemática, diante das expectativas de mudanças implementadas pelo novo presidente cubano.
Turquia prende manifestantes
Ao menos 50 pessoas foram presas pela polícia turca nas manifestações desta terça-feira (1º). Os manifestantes pretendiam marchar na Praça Taksim, um ponto tradicional ponto de encontro de descontentes com o governo de Recep Erdogan em Istambul. Para impedir as manifestações consideradas pelo governo como “instrumentalizadas”, o governo turco alocou mais de 25 mil homens e três helicópteros.
Também foram fechados os acessos à avenida Istiklal, equivalente à Avenida Paulista, no centro da maior cidade turca. Apesar das restrições, foram registradas manifestações em outros pontos de Istambul e em outras cidades do país.
Oposição a reformas de Macron
Grandes protestos foram registrados também na França, que há semanas convive com paralisações intermitentes de funcionários da empresa pública de trens, a SNCF, e da AirFrance. Foram cerca de 200 mil participantes, segundo os organizadores das manifestações, que terminaram com 200 pessoas detidas por suspeita de envolvimento com atos de violência.
Na capital, Paris, viram-se bombas arremessadas contra uma loja do McDonald’s, além de carros e lixeiras incendiados nos arredores da estação de trem de Austrelitz.
A polícia parisiense diz ter acionado forças de segurança para conter “cerca de 1.200 indivíduos encapuzados e mascarados” que ateavam fogo em instalações públicas. Em diversos pontos do país, ouviram-se palavras de ordem contra o presidente Emmanuel Macron, que pretende conduzir uma série de reformas trabalhistas.
O mandatário está fora do país, em viagem na Austrália. “Meu trabalho não assistir à TV e fazer comentários sobre a atualidade, tenho outras coisas a fazer”, disse, questionado sobre sua ausência durante a jornada de manifestações.
Outros pontos do planeta
Em Gaza, palestinos se reuniram em frente ao Ministério do Trabalho e ao Conselho de Ministros. Os manifestantes pediam melhores condições de vida e a criação de empregos. Uma marcha reuniu centenas de pessoas em Taipei, capital de Taiwan.
Os participantes pediam que o governo reverta mudanças controversas na legislação trabalhista que, segundo os críticos, favorecem os empregadores.
Eles também pediam salários mais altos, já que Taiwan corre o risco de perder talentos para a China, que oferece melhores oportunidades de emprego. Na Coreia do Sul, trabalhadores se reuniram em Seul.
Os sul-coreanos estão entre os cidadãos que enfrentam jornadas laborais mais longas do planeta.
*Com agências internacionais
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